logo Agência Brasil
Geral

Mônica Lima e Souza será nova diretora-geral do Arquivo Nacional

Historiadora assume a missão de preservar a memória nacional
Gilberto Costa - Repórter da Agência Brasil
Publicado em 23/01/2025 - 18:10
Brasília

© 28 17:06:42

A historiadora Mônica Lima e Souza será a nova diretora-geral do Arquivo Nacional, com posse programada para a primeira semana de fevereiro. Mônica é coordenadora-geral de Articulação de Projetos e Internacionalização da instituição e substituirá a também historiadora Ana Flávia Magalhães Pinto, que pediu exoneração do cargo.

A nova diretora-geral é professora do Instituto de História da Universidade Federal do Rio de Janeiro, cursou o mestrado em Estudos da África no El Colégio de México e doutorado em História Social na Universidade Federal Fluminense

De acordo com nota do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI), ao qual o Arquivo Nacional é vinculado, a nova diretora “assume com a missão de dar continuidade ao processo de retomada da preservação da memória nacional, da valorização do Arquivo Nacional (AN) e de seus servidores e do fortalecimento da cultura de integridade.”

De acordo nota da instituição, sob a gestão de Ana Flávia Magalhães, o Arquivo Nacional adotou diversas ações estruturantes para reverter o quadro de abandono encontrado e assegurar o pleno funcionamento do Arquivo Nacional.

A ministra da Gestão, Esther Dweck, na nota agradece o trabalho da diretora e assinala que nos últimos dois anos “o Arquivo Nacional retomou projetos importantes, como a Semana Nacional do Arquivo e o Memória do Mundo da Unesco, ampliou parcerias nacionais e internacionais, estabeleceu planejamento estratégico interno e fortalecimento dos arquivos comunitários e implementou iniciativas que ampliaram o alcance de projetos como o Festival Arquivo em Cartaz”.

Em carta aberta ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, divulgada também ontem, a Associação Nacional dos Servidores do Arquivo Nacional reivindicou que a direção-geral seja ocupada por quem compreenda o papel do Arquivo Nacional como órgão responsável pela política de gestão de documentos públicos do Executivo federal e que apresente um projeto político-institucional aberto ao diálogo com os servidores e entidades representativas da área arquivística e engajado no combate à prática de assédio moral.

O Arquivo Nacional foi criado em 1838, no período regencial antes da declaração de maioridade de Pedro II. Ana Flávia Magalhães foi a primeira diretora negra da instituição.

Atualmente, o Arquivo Nacional compõe o Sistema de Gestão de Documentos e Arquivos (Siga), da administração pública federal, e tem status de secretaria no MGI. O arquivo tem sede no Rio de Janeiro (Praça da República) e uma unidade em Brasília (Setor de Indústrias Gráficas).

As consultas ao acervo físico do Arquivo Nacional podem ser feitas de segunda a sexta-feira, das 7h30 às 19h30 (entrada permitida até às 18h).