Figueiredo: diálogo é o caminho para resolver crise após anexação da Crimeia


Chanceler Luiz Alberto Figueiredo
O ministro das Relações Exteriores, Luiz Alberto Figueiredo, defendeu, hoje (28), o diálogo para lidar com a anexação região da Crimeia, pela Rússia. Ele disse que o mundo não pode voltar à lógica da Guerra Fria. O Brasil se absteve, ontem, na votação da Organização das Nações Unidas (ONU), que não reconheceu o referendo feito pelo governo da Crimeia e condenou a decisão da Rússia de aceitar o pedido de anexação da província separatista.
“Não podemos voltar à lógica de sanções e contrassanções. Temos que resolver a situação pelo diálogo. A Ucrânia é um país amigo do Brasil. Temos que respeitar a solução do diálogo. Acreditamos que esforços estão sendo feitos pelo secretário-geral da ONU para resolver a questão e nós apoiamos firmemente esses esforços. Agora, os esforços têm que ser feitos em um clima de diálogo e não em um clima de sanções e contrassanções porque isso não levará a lugar nenhum”, disse Figueiredo.
Em entrevista à imprensa, durante evento na Associação Comercial do Rio de Janeiro, o ministro também falou sobre as manifestações na Venezuela. Ele disse que viajará na semana que vem para o país vizinho para continuar, junto com a União das Nações Sul-Americanas (Unasul), no processo de fortalecimento do diálogo entre o governo e a oposição. Segundo o chanceler, é provável que Brasil, Colômbia e Equador, trabalhem na mediação entre os dois grupos.
