May pedirá a Trump que proteja as informações secretas do Reino Unido
A primeira-ministra do Reino Unido, Theresa May, pedirá nesta quinta-feira (25) ao presidente dos Estados Unidos (EUA), Donald Trump, que "mantenha em segurança" as informações de inteligência que lhe forem transmitidas de forma confidencial pelas autoridades britânicas. A informação é da Agência EFE.
Em declaração gravada à emissora BBC, May disse que expressará a Trump - durante a cúpula da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) que ocorre hoje em Bruxelas - seu descontentamento pelos vazamentos nos EUA sobre o atentado de segunda-feira (22) em Manchester.
A líder conservadora disse também que o estado de alerta para terrorismo no Reino Unido se mantém "crítico", após o ataque suicida no ginásio Manchester Arena, que deixou 22 mortos e 64 feridos. Cerca de mil militares ajudarão a polícia nos trabalhos de vigilância.
A mensagem foi divulgada pela chefe do governo britânico antes de viajar à capital belga, após presidir reunião do comitê de emergência Cobra, coordenado por integrantes do alto escalão do governo e da área de segurança.
Anteriormente, a emissora pública britânica BBC tinha informado que a polícia que investiga o atentado em Manchester deixou de compartilhar informações com as autoridades americanas por causa dos vazamentos contínuos feitos por esse país à imprensa sobre o ataque.
A divulgação de dados por parte do governo Donald Trump, como a identidade do terrorista suicida e a divulgação ontem (24) pelo jornal The New York Times de imagens do local do ataque, provocou mal-estar entre as autoridades britânicas.
A líder acrescentou que o estado de alerta para terrorismo no Reino Unido se mantém "crítico", no nível mais alto, e que foi elevado após o ataque suicida na Manchester Arena. O ataque foi feito ao fim da apresentação da cantora pop norte-americana Ariana Grande pelo britânico de origem líbia Samal Abedi, de 22 anos.
Além disso, May anunciou que cerca de mil soldados ajudarão a polícia nas tarefas de segurança neste fim de semana prolongado no país, já que a segunda-feira é feriado (Oak Apple Day).
Na cúpula do G7, nesta sexta-feira e no sábado em Taormina, na Itália, a chefe do governo britânico vai liderar, segundo ela, "um debate sobre a luta contra o terrorismo" e sobre como é possível colaborar para "prevenir a preparação de atentados pela internet e deter a propagação dessa ideologia extremista odiosa nas redes sociais".
May agradeceu as manifestações "de condolência e apoio" que recebeu de líderes internacionais nos últimos dias.