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Internacional

Maduro acusa Twitter de desativar milhares de contas de chavistas

Da Agência EFE
Publicado em 17/06/2017 - 19:25
Caracas
Maduro propõe diálogo com a oposição para conter a onda de violência no país
© Miraflores Palace/Handout/Divulgação/Direitos Reservados

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, disse hoje (17) que o Twitter desativou milhares de contas de cidadãos do país exclusivamente por eles serem "chavistas" e que isso ocorreu porque a rede social tem medo de que os governistas sejam maioria. A informação é da Agência EFE.

"Fazemos uma denúncia nacional e internacional contra a empresa Twitter da Venezuela, que no dia de hoje desativou milhares de contas de pessoas, de jovens, de trabalhadores, de profissionais, pelo único motivo de serem chavistas", afirmou Maduro em um ato com militantes do Partido Socialista Unido (PSUV) em Caracas.

O presidente afirmou que a conta da governista Rádio Miraflores foi cancelada e chamou a decisão de "expressão do fascismo". Além disso, pediu que os responsáveis pela exclusão das contas sejam desmascarados. "Vamos publicar a foto de quem dirige o Twitter na Venezuela", ressaltou Maduro.

"Claro, eles têm a chave, têm o servidor e disseram acabou: mataram milhares de contas. Mas se eles apagarem mil contas, vamos abrir mais 10 mil, com a juventude e a força revolucionária da opinião pública e da verdade venezuelana", afirmou o presidente.

Outras contas que parecem estar bloqueadas, segundo o governo, são as da Miraflores TV e a da Rádio Nacional da Venezuela.

"A batalha das redes sociais é muito importante. Eles sabem que é muito importante e utilizam as redes sociais para a guerra psicológica permanente",acrescentou Maduro.

O ministro de Comunicação e Informação da Venezuela, Ernesto Villegas, disse no Twitter que, até o momento, cerca de 180 contas de órgãos públicos e de "militantes revolucionários" foram desativadas. "Não só contra a Rádio Miraflores e a Rádio Nacional da Venezuela: limpeza étnica contra o chavismo no Twitter é equivalente à queima de pessoas na realidade".