ONU alerta para o aumento da fome no mundo
![Dai Kurokawa/EPA/Agência EFE Criança somali em um campos para deslocados em Qardho. O país enfrenta uma longa seca e organismos internacionais alertam que o país pode passar por uma grave crise de fome no segundo semestre de 2017](/sites/default/files/thumbnails/image/loading_v2.gif)
![Criança somali em um campos para deslocados em Qardho. O país enfrenta uma longa seca e organismos internacionais alertam que o país pode passar por uma grave crise de fome no segundo semestre de 2017](/sites/default/files/atoms/image/636262193259666924w.jpg)
Pela primeira vez, desde 2015, número de famintos a nível global sobe, revertendo anos de progresso, diz a FAO
A Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), fez um alerta hoje (3) na abertura de sua 40ª. Conferência, em Roma, sobre o preocupante aumento do número de pessoas com fome no mundo desde 2015, ameaçando vários anos de progresso na área. A FAO ainda não pode precisar o número exato deste acréscimo, mas indica que terá os resultados em setembro. A informação é da ONU News.
Em seu discurso na abertura da conferência, nesta segunda-feira, o diretor-geral da agência das Nações Unidas, o brasileiro José Graziano da Silva, disse que quase 60% das pessoas que passam fome no mundo vivem em áreas de conflitos e afetadas por mudanças climáticas.
Graziano contou que os 19 países em situação de crise quase sempre enfrentam também problemas com secas e/ou cheias. A FAO destacou o alto risco de fome no nordeste da Nigéria, na Somália, no Sudão do Sul e no Iêmen, com quase 20 milhões de pessoas severamente afetadas no total.
![O brasileiro José Graziano está no segundo mandato de diretor-geral da FAO](/sites/default/files/atoms/image/jose_graziano.jpg)
José Graziano, da FAO
O diretor-geral da agência da ONU informou que os meios de subsistência da maioria das pessoas que vive em zonas rurais foram interrompidos e muitos ficaram sem qualquer opção a não ser migrar por causa da crise.
Segundo Graziano, o compromisso internacional para acabar com a fome é fundamental, mas a questão só será realmente resolvida quando governos transformarem as promessas em ações concretas em níveis local, regional e nacional. Ele afirmou que a paz é vital para acabar com a crise, mas quem tem fome não pode esperar a chegada da paz.
O primeiro-ministro da Itália, Paolo Gentiloni, afirmou no evento que a iniciativa de Fome Zero da ONU é uma forma de se atingir a paz, a justiça, a igualdade e preservar o mundo para o futuro.
Na abertura do encontro, discursaram também o chefe do Programa Mundial de Alimentos (PMA), David Beasley, e o novo administrador do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud), Achim Steiner.
A 40ª. Conferência da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação deve terminar no próximo sábado, 8 de julho. Cerca de 1,1 mil pessoas estão em Roma participando do evento, que aprovará também o novo orçamento da agência.
![Casa Branca/Divulgação Estados Unidos, 25/01/2025 - Migrantes deportados pelo governo Donald Trump nos Estados Unidos embarcam em avião militar de volta ao Brasil. Foto: Casa Branca/Divulgação](/sites/default/files/thumbnails/image/loading_v2.gif)
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