João Lourenço vence eleição para presidência de Angola, segundo projeção oficial

Publicado em 24/08/2017 - 15:06 Por Da Agência EFE - Luanda

MA21 LUANDA (ANGOLA) 22/0/2017.- Joao Lourenco, candidato por el Movimiento Popular para la Liberación de Angola, Elejerce su derecho al voto para las elecciones generales en un colegio electoral en Luanda (Angola) ho

João Lourenço, do MPLA, será o sucessor do atual presidente José EduardoManuel de Almeida/EPA/Lusa

O Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA) e seu líder de chapa, João Lourenço, ganharam as eleições gerais realizadas ontem com 64,57% dos votos, segundo os resultados preliminares anunciados hoje (24) pela Comissão Eleitoral do país. A informação é da EFE.

A União Nacional para a Independência Total de Angola (Unita), liderada por Isaias Samakuva, ficou em segundo, com 24,4% dos votos, e a coalizão CASA-CE em terceiro, com 8,5%.

Lourenço, de 64 anos, se tornará o novo presidente do país sucedendo a José Eduardo dos Santos, que, após 38 anos no poder, desistiu de concorrer a um novo mandato, mas continuará a chefiar o partido até 2018.

O MPLA, que governa em Angola desde a sua independência de Portugal, em 1975, conservará com estes resultados a maioria absoluta das cadeiras do Parlamento.

Crise

O novo presidente terá que combater uma grave crise econômica e social no país, acentuada pela queda do preço do petróleo, em cuja produção ficou baseada a economia nacional desde o fim de uma guerra civil que durou 27 anos (1975-2002).

A queda do preço do barril, em 2013, minguou os investimentos estatais em 60%, o que acabou repercutindo na já degradada situação dos serviços básicos de uma população que vive, em sua maioria, com menos de um dólar por dia e ocupa o 150º lugar no ranking do Índice de Desenvolvimento Humano (IDH), de um total de 188 países.

Entre 2013 e 2016, a inflação disparou de 7,7% para 41,9%, e o crescimento econômico caiu de 5,1% para 1,1%, um índice muito distante dos 8,8% previsto pelo Plano Nacional de Desenvolvimento 2013-2017.

Durante toda a jornada de hoje, diversos representantes da sociedade civil e religiosa pediram aos partidos para aceitar o resultado das eleições e evitar qualquer reação violenta.

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