Promotoria espanhola pede mandado europeu para deter Puigdemont na Dinamarca
A promotoria da Espanha pediu nesta segunda-feira (22) ao Tribunal Supremo a ativação do mandado europeu de detenção do ex-presidente da Catalunha Carles Puigdemont na Dinamarca, onde chegou procedente da Bélgica. Puigdemont continua foragido da Justiça espanhola, que o investiga por sua relação com o processo separatista na região.
Segundo fontes da Promotoria Geral do Estado, o pedido de detenção foi enviado ao juiz do Tribunal Supremo, Pablo Llarena, encarregado do caso, e está dirigida apenas à Dinamarca.
Puigdemont, que deve participar hoje de um debate organizado pela Universidade de Copenhague, permaneceu três meses na Bélgica, junto com quatro ex-integrantes do anterior governo independentista catalão, todos eles investigados por supostos crimes de rebelião, insurreição e desvio de fundos. Esta é a primeira vez que Puigdemont sai da Bélgica em todo esse tempo.
Em um primeiro momento, a Justiça espanhola citou diferentes ordens europeias contra todos eles, mas o juiz Llarena decidiu retirá-las em 5 de dezembro do ano passado, com a advertência de prisão assim que retornassem à Espanha.
Llarena considerou que as ordens emitidas pela Audiência Nacional deveriam ser retiradas porque poderiam condicionar a evolução da investigação e os possíveis crimes pelos quais os acusados podem ser indiciados.
Os crimes de rebelião e insurreição não estão previstos no ordenamento jurídico da Bélgica, o que impedia que Puigdemont fosse entregue pelas autoridades belgas para seu indiciamento na Espanha por esses motivos.
A promotoria já havia avisado nesse domingo (21) que solicitaria imediatamente a ativação do mandado europeu se o ex-presidente catalão viajasse para a Dinamarca.
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