Promotoria peruana pede que Justiça impeça a saída de Kuczynski do país
A equipe especial anticorrupção da Promotoria do Peru solicitou nessa quarta-feira (21) ao Poder Judiciário o impedimento da saída do país do ex-presidente Pedro Pablo Kuczynski, após sua renúncia ao cargo em meio a denúncias de suposta compra de votos no Congresso, segundo informações da imprensa local.
O pedido da Promotoria foi apresentado no Tribunal de Investigação Preparatória Nacional, que processa os casos de corrupção ligados à Operação Lava Jato no Peru, de acordo com fontes do Ministério Público citadas pelos veículos de comunicação.
A imprensa local informou que a esposa de Kuczynski, a americana Nancy Lange, viajou para os Estados Unidos na semana passada e que ainda não retornou ao Peru.
O ex-presidente já era investigado pela Promotoria pelas supostas ligações da sua empresa Westfield com a construtora Odebrecht, assim como da companhia First Capital, do seu sócio chileno Gerardo Sepúlveda, quando foi ministro do governo de Alejandro Toledo (2001-2006).
O Congresso tinha previsto debater hoje a sua destituição por permanente incapacidade moral, mas Kuczynski apresentou nessa quarta a carta de renúncia ao Legislativo, diante dos pedidos de diversos setores políticos.
Além disso, o presidente do Parlamento, Luis Galarreta, apresentou ao promotor da Nação, Pablo Sánchez, uma denúncia pelos áudios e vídeos divulgados na terça, que revelaram uma tentativa de compra de votos de um parlamentar da oposição contra a cassação de Kuczynski.
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