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Internacional

Ex-presidente da Coreia do Sul é condenada a 24 anos de prisão por corrupção

Park Geun-hye foi declarada culpada por envolvimento no caso de
Da Agência EFE*
Publicado em 06/04/2018 - 06:27
Seul
The President of South Korea, Park Geun-hye
© Mauricio Duenas Castaneda/EPA/Agência Lusa - Todos Direitos Reservados
The President of South Korea, Park Geun-hye (Mauricio Duenas Castaneda/EPA/Agência Lusa - Todos Direitos Reservados)

A ex-presidente da Coreia do Sul, Park Geun-hye -Mauricio Duenas Castaneda/EPA/Agência Lusa - Direitos Reservados

A ex-presidente da Coreia do Sul Park Geun-hye foi condenada nesta sexta-feira (6), por um tribunal de Seul, a 24 anos de prisão, pelo envolvimento no caso de corrupção da "Rasputina", que culminou com sua cassação em janeiro de 2017.

A sentença, que foi transmitida ao vivo pela TV por quase duas horas, considera comprovada que a ex-presidente conservadora e sua amiga, Choi Soon-sil, conhecida como "Rasputina", criaram uma vasta rede de favores pela qual extorquiram grandes empresas como Samsung, Hyundai e Lotte.

Park, de 66 anos, estava presa preventivamente desde março de 2017 e foi a primeira chefe de Estado sul-coreana cassada na democracia. A saída dela levou a uma antecipação nas eleições, vencidas em maio do ano passado pelo liberal Moon-Jae-in.

Além disso, o tribunal presidido pelo juiz Kim Se-yoon condenou a ex-governante ao pagamento de uma multa de 18 bilhões de wons (US$ 16,8 milhões).

A promotoria tinha pedido para ela 30 anos de prisão e multa de 118,5 bilhões de wons (US$ 95 milhões).

Park, que chegou ao poder em fevereiro de 2013, foi declarada culpada de 16 das 18 acusações no caso de corrupção da "Rasputina", como abuso de poder, suborno e coação.

Na entrada do tribunal, uma multidão de simpatizantes da ex-presidente se reuniu, agitando bandeiras do país e mostrando cartazes em inglês onde estava escrito: "Parem os processos mortais contra Park Geun-hye" ou "O Estado de Direito morreu".

A ex-governante, que não comparece ao tribunal desde outubro do ano passado alegando problemas de saúde, também não participou da audiência de hoje e denunciou que foi julgada de maneira imparcial e mantida presa preventivamente sem motivos.

É a primeira vez que a Coreia do Sul transmite pela televisão o veredito de uma causa penal, depois que a Suprema Corte aprovou, no ano passado, uma emenda para permitir essa cobertura, se o próprio tribunal considerar um caso de interesse público.

A sentença de hoje é dada depois de a "Rasputina" sul-coreana ter sido condenada, em fevereiro, a 20 anos de prisão e a pagar uma multa milionária por ser o cérebro da trama de corrupção que escandalizou o país asiático.

Choi, amiga íntima de Park, era a principal responsável pela ampla rede de tráfico de influência tramada ao lado da ex-presidente.

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