Estudantes americanos fazem manifestação em defesa do porte de armas

Publicado em 03/05/2018 - 05:50 Por Agência EFE - Tucson (EUA)

Como resposta ao movimento contra as armas surgido na escola de ensino médio de Parkland, onde ocorreu o assassinato de 17 pessoas, grupos de estudantes dos Estados Unidos (EUA) defenderam nessa quarta-feira (2) a segunda emenda da Constituição, que concede o direito de portar armas.

As concentrações de cerca de 15 minutos, realizadas em aproximadamente 40 estados, foram promovidas pelo movimento Stand for the Second, iniciado pelo estudante Will Riley, de 18 anos, da escola de ensino médio Carlsbad, no Novo México.

"Nas últimas semanas, vi muitos jovens da minha idade dizendo que temos que fazer algo, aprovar leis para ter mais controle sobre a venda de armas, isso é o que todos os estudantes querem. Mas eu disse a mim mesmo que não estou pedindo isso. Tenho muitos amigos que também não querem isso", disse Riley à Agência EFE.

"Sempre há dois lados da história", afirmou o jovem, defensor da tese de que, se há um problema, não tem nada a ver com armas de fogo, pois elas existem há muito tempo.

"Eu não sei qual é o problema, mas tenho certeza de uma coisa, não podemos começar tirando o direito aos cidadãos deste país", acrescentou.

No dia 14 de fevereiro, o jovem Nikolas Cruz entrou armado com um rifle semiautomático na escola Marjory Stoneman Douglas, em Parkland, na Flórida, matando 17 pessoas. Ele enfrenta acusações por assassinato premeditado e outras por tentativa de homicídio, pelas quais pode ser condenado à morte.

O fato desencadeou um movimento nacional a favor de maior controle na venda e no uso de armas de fogo, desenvolvido pelos próprios estudantes dessa escola. Foi organizada uma concentração maciça em Washington.

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