EUA e China mantêm "conversa franca" sobre relações comerciais
A delegação do governo dos Estados Unidos enviada a Pequim nesta semana para dialogar com a China afirmou que as reuniões proporcionaram conversas francas para reequilibrar a relação comercial entre os dois países. "A delegação teve conversas francas com os funcionários chineses sobre o reequilíbrio da relação econômica bilateral entre EUA e China, além da melhoria da propriedade intelectual no país", indicou a Casa Branca em comunicado. As informações são da Agência EFE.
A delegação, comandada pelo secretário do Tesouro dos EUA, Steven Mnuchin, afirmou que o comércio justo promoverá o "rápido crescimento" das economias dos dois países e do mundo.
Também estavam na delegação o secretário de Comércio dos EUA, Wilbur Ross, e o representante de Comércio Exterior, Robert Lighthizer. Pete Navarro e Larry Kudlow, dois dos principais assessores econômicos do presidente Donald Trump, também viajaram para a capital chinesa para melhorar a relação comercial.
"Existe consenso no governo que é necessário ter atenção imediata para promover mudanças na relação comercial e de investimentos entre os EUA e a China", disse a Casa Branca na nota.
Os membros da delegação estão voltando para Washington e informarão o presidente sobre as negociações nos próximos dias.
Negociações
EUA e China concluíram hoje uma rodada de negociações de dois dias realizada em Pequim. Não houve acordos concretos para evitar uma guerra comercial entre os dois países, mas as delegações acertaram o estabelecimento de um mecanismo de trabalho e reconheceram que segue havendo "grandes diferenças" entre as partes.
Antes do início da conversa, a delegação americana entregou aos chineses uma minuta de discussão de oito pontos que queriam abordar e que se tornaram pedidos concretos para Pequim.
Nesse documento, ao qual a Agência EFE teve acesso, os EUA exigem uma redução de US$ 200 milhões no déficit comercial entre os países até 2020.