Mandela: filhas do segundo casamento recorrerão na justiça por herança

Quando faleceu seu patrimônio era avaliado em mais de 3 milhões

Publicado em 16/07/2018 - 10:50 Por Da Agência EFE - Johanesburgo

Duas das filhas do ex-presidente da África do Sul Nelson Mandela, Zenani e Zindzi, recorrerão no Tribunal Constitucional da África do Sul da decisão de seu pai de deixar a casa da família onde está enterrado, no seu vilarejo natal de Qunu, para um fideicomisso, informaram nesta segunda-feira (16) veículos de imprensa locais.

As duas filhas que Mandela teve com sua segunda esposa, Winnie Madikizela-Mandela, levarão a disputa até a última instância judicial, apesar de suas reivindicações anteriores nunca terem prosperado nas diferentes batalhas judiciais empreendidas desde que sua mãe - falecida em abril deste ano - iniciou o processo, em 2014.

 

Rio de Janeiro -  A educadora Graciara da Silva, moradora da favela do Mandela, grafita quadro durante almoço pelo Dia das Mães nas areias da praia de Copacabana como forma protesto contra a insegurança nas comunidades onde vivem (Tomaz
Quando Mandela faleceu seu patrimônio era avaliado em mais de 3 milhões de euros - Tomaz Silva/Agência Brasil

A notícia, publicada ontem (15) no jornal Sunday Times, mas repercute hoje na imprensa do país a alguns dias antes de a África do Sul celebrar depois de amanhã (18) o centenário do nascimento do ícone da luta contra a segregação racial.

A propriedade de Qunu (sudeste) está atualmente sob a custódia de um fideicomisso que a administra em benefício da família Mandela, incluindo sua terceira e última esposa, Graça Machel, como administradora.

As filhas argumentam que a propriedade deveria ter passado para as mãos de sua mãe, com quem o antigo ativista foi casado de 1958 até o divórcio, em 1996.

Quando Mandela faleceu, em 2013, seu patrimônio era avaliado em mais de 3 milhões de euros, segundo seu testamento.

Winnie não estava entre os beneficiados e a propriedade de Qunu só estava no nome do seu ex-marido.

Ela, no entanto, alegava que a propriedade tinha sido adquirida quando ainda eram casados e que, portanto, tinha direitos sobre ela.

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