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Internacional

China denuncia protecionismo e diz que não se submeterá a pressões

Assembleia Geral da ONU
Agência EFE
Publicado em 28/09/2018 - 17:03
Nova York
Ministro de Relações Exteriores chinês, Wang Yi, discursa durante a Assembleia Geral das Nações Unidas
© Justin Lane/EFE/direitos reservados
Agência EFE

O ministro de Relações Exteriores da China, Wang Yi, criticou hoje (28) na Assembleia da Organização das Nações Unidas (ONU) o "protecionismo" e deixou claro que seu país não se submeterá a "pressões" no âmbito comercial.

Em plena disputa comercial com os Estados Unidos, Wang ressaltou que a China quer conseguir, com "diálogo", uma "solução adequada", baseada nas normas "internacionais" e no "consenso". De acordo com o ministro, é fundamental que os países se adaptem à "globalização econômica" e trabalhem para que esse processo seja "aberto e integrado" para o benefício de todos.

Wang falou sobre as questões comerciais durante boa parte de seu discurso na Assembleia Geral das Nações Unidas, defendendo a aposta da China no sistema multilateral da Organização Mundial de Comércio (OMC).

"As tendências unilaterais prejudicarão a todos", advertiu o ministro chinês, em uma aparente mensagem às políticas tarifárias do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, embora sem mencioná-la diretamente.

Segundo Wang, em relação a esse tipo de ações, a China está tomando as medidas correspondentes, não só para defender seus interesses, mas também para proteger "o livre-comércio internacional", as normas e beneficiar todos os países. Além disso, o ministro ressaltou que a China já fez mais do que se comprometeu em matéria de redução de tarifas quando se uniu à OMC e disse que o país "não vai impor obstáculos ao comércio".

Wang defendeu a cooperação multilateral tanto em matéria comercial quanto na política internacional, mas deixou claro que, para que o sistema funcione, é preciso que os países demonstrem "vontade".

Sua mensagem contrastou com o discurso de Trump no último dia 25 na Assembleia Geral, quando o presidente americano defendeu a "doutrina do patriotismo" como alternativa para os enfoques multilaterais.