Governo da Guatemala proíbe entrada de chefe da Cicig no país
O governo guatemalteco emitiu uma ordem onde solicita que as companhias aéreas tomem medidas necessárias para impedir que o chefe da Comissão Internacional Contra a Impunidade na Guatemala (Cicig), o colombiano Iván Velásquez, entre no país.
"Solicito que tomem as medidas necessárias para impedir o embarque do senhor Iván Velásquez em qualquer voo cujo destino seja a República da Guatemala", diz carta divulgada pela imprensa local e que está assinada pela coordenadora do Departamento de Controle Migratório da Direção Geral de Migração, Raquel María Vicente.
O governo da Guatemala anunciou nessa terça-feira (4) a decisão de proibir a entrada ao país do comissário, que considera um perigo para a segurança nacional, a ordem constitucional, a governabilidade, a institucionalidade e a paz.
"Eu informo que, por razões de ordem e segurança pública, o senhor Iván Velásquez, de nacionalidade colombiana, está impedido de entrar no território nacional", acrescentou a carta.
A decisão foi tomada, de acordo com o governo, depois de uma análise detalhada e minuciosa, mas coincide com a não renovação do mandato da comissão, que vence em setembro de 2019, por considerar que ela viola as leis locais e internacionais, semeia o terror judicial e faz investigações tendenciosas e partidárias.
O presidente Jimmy Morales considera controversa a atuação da Cicig, desde que as investigações desse órgão teriam como alvos alguns de seus parentes, pessoas próximas ao governo e ele mesmo. Morales é acusado pela comissão de suposto crime de financiamento eleitoral ilícito durante a campanha que o levou ao poder em 2015.
