Maduro nega ter financiado migrantes e chama Pence de "louco"

Publicado em 25/10/2018 - 06:01 Por Agência EFE - Caracas

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, negou ter financiado a caravana de migrantes hondurenhos que, nos últimos dias, cruzam a América Central para tentar chegar aos Estados Unidos (EUA). Ele chamou de "louco" o vice-presidente americano, Mike Pence, por relacioná-lo com o caso.

Pence afirmou que o presidente de Honduras, Juan Orlando Hernández, lhe disse que a caravana de migrantes foi financiada pelo governo da Venezuela.

"Se não fosse por ter sido dito por um extremista, um louco extremista como Mike Pence e o quão perigoso isso significa para a minha segurança pessoal, que já foi alvo de um atentado aberto, público, e para a segurança do país, poderia rir disso", declarou hoje (25) Maduro durante reunião com intelectuais em Caracas.

O presidente reeleito da Venezuela, Nicolás Maduro assumiu hoje e fez o juramento de posse
O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro - EFE/Miguel Gutiérrez/Direitos Reservados

O líder venezuelano disse que a afirmação de Pence "primeiro provoca risos, mas depois preocupação, porque começa a paranoia imperialista" a acusá-lo "de tudo o que acontece com eles".

"E eles são capazes de fazer qualquer coisa no mundo. Alerto o mundo sobre a paranoia de Mike Pence e dos setores extremistas do governo dos Estados Unidos contra a Venezuela. Há uma obsessão, porque não puderam nos derrotar, não puderam fazer com que nos rendêssemos, nem poderão fazer isso", acrescentou.

O vice-presidente dos Estados Unidos ressaltou que o governo liderado por Donald Trump fará tudo o que estiver ao alcance para evitar que a caravana de migrantes chegue a território americano e "viole" a fronteira sul do país.

"O presidente de Honduras me disse que [a caravana] foi organizada por grupos da esquerda hondurenha, financiada pela Venezuela e enviada ao norte para desafiar a nossa soberania e a nossa fronteira", afirmou Pence em conferência promovida pelo jornal The Washington Post.

A caravana, que partiu no último dia 13 de outubro de San Pedro Sula, em Honduras, rumo aos Estados Unidos, é formada atualmente por mais de 7 mil pessoas, segundo estimativas da ONU.

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