ONG pede medidas "urgentes" para proteger crianças em caravana

Publicado em 25/10/2018 - 17:01 Por Agência EFE - Cidade do México

A Save the Children pediu nesta quinta-feira (25) "mecanismos urgentes" que protejam a integridade das crianças que participam da caravana de migrantes hondurenhos que atravessa o México rumo aos Estados Unidos.

Em um boletim, a organização não governamental (ONG) fez um "enérgico chamado para que não se prive da liberdade as pessoas migrantes que permanecem em Tapachula, em Chiapas, onde chegaram como parte da caravana".

A ONG destacou ainda que o pedido deve ser especialmente efetivo no caso de meninas, meninos e adolescentes, uma vez que se deve considerar "o interesse superior da infância, acima da sua qualidade migratória".

Os menores que chegaram ao México como parte deste êxodo em massa requerem proteção internacional, e as autoridades do país – federais, estaduais e locais – devem ativar mecanismos para colocar-se em contato com eles e salvaguardar sua integridade, argumentou a coordenadora de Incidência Política da Save the Children, Ivonne Pedras.

A organização também pediu ao México que ofereça informação "clara e transparente" sobre o número de menores que se encontram nas estações migratórias do estado de Chiapas.

Na sexta-feira passada, a caravana de hondurenhos – nacionalidade da maioria dos migrantes, embora também haja pessoas originárias de outros países centro-americanos – cruzou a fronteira que separa a Guatemala do México.

Hondurenhos cruzam a fronteira com o México, a partir da cidade de Tecún Umán, na Guatemala. Eles seguem rumo aos Estados Unidos
Hondurenhos cruzam a fronteira com o México, a partir da cidade de Tecún Umán, na Guatemala. Eles seguem rumo aos Estados Unidos - EFE/Esteban Biba/Direitos Reservados

Milhares deles pediram refúgio no México, enquanto outros decidiram continuar rumo aos Estados Unidos, e atualmente se encontram na altura da cidade de Mapastepec (Chiapas).

De acordo com números do refúgio para migrantes de Suchiate, na fronteira com a Guatemala, dos 7.125 migrantes que entraram no país há 1,5 mil meninas e 900 meninos.

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