Carcereiros de prisões do Chile declaram motim e greve de fome

Publicado em 08/11/2018 - 05:59 Por Agência EFE - Santiago do Chile

No terceiro dia de paralisação, os carcereiros do Chile aumentaram a intensidade do movimento e declararam um motim generalizado nos presídios do país e uma greve de fome "em massa" na penitenciaria de Santiago.  A greve conta com adesão, em nível nacional, de 20 mil funcionários, segundo os líderes.

A Associação Nacional de Funcionários Penitenciários (Anfup) informou ontem (7) a intensificação do protesto, por meio de comunicado em seu site, para exigir melhorias trabalhistas.

No governo, o subsecretário de Justiça, Juan José Ossa, rotulou a mobilização de "ilegal" e disse que poderão ser aplicados descontos nos salários dos trabalhadores que aderirem à greve, informou o jornal La Tercera.

A greve começou no dia 5 depois que, na semana passada, dirigentes dos sindicatos de carcereiros se reuniram com representantes do governo para tentar chegar a um acordo e evitar a paralisação, mas não foi possível.

Entre as principais reivindicações estão vários pontos para melhorar a carreira, como um bônus de incentivo à aposentadoria ou melhor distribuição da força de trabalho.

Na madrugada do dia 5, os carcereiros começaram a fechar os acessos às prisões chilenas e, a partir de agora, não será permitida a saída nem a entrada de presos, exceto em casos especiais e de urgência.

Essa situação afetou também o funcionamento dos tribunais de Justiça, já que os carcereiros não colaborarão no transporte dos réus às audiências de formalização.

No final de junho, os carcereiros tinham anunciado a convocação de outra greve em nível nacional que finalmente não aconteceu, após um acordo na madrugada anterior ao início da paralisação entre os dirigentes sindicais e o ministro da Justiça, Hernán Larraín.

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