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Internacional

Juan Guaidó sugere anistia a Maduro para restaurar “ordem democrática”

Da Agência Brasil*
Publicado em 25/01/2019 - 11:25
Brasília
Juan Guaido, President of Venezuela's National Assembly, holds a copy of Venezuelan constitution during a rally against Venezuelan President Nicolas Maduro's government and to commemorate the 61st anniversary of the end of the dictatorship of
© Reuters/Carlos Garcia Rawlins/Direitos Reservados

Em sua primeira entrevista após ter se declarado presidente interino da Venezuela, Juan Guaidó acenou com a possibilidade de conceder anistia ao presidente Nicolás Maduro e seus aliados caso aceitem abrir mão do poder no país.

As declarações foram feitas à emissora de TV norte-americana Univision. Durante a conversa, que aconteceu em um local não divulgado na capital Caracas, Guaidó prometeu continuar a lutar por um “governo de transição e eleições livres” na Venezuela. 

À frente dos rumos do país desde a morte de Hugo Chavez, Maduro deve fazer hoje (25) uma declaração à imprensa sobre os eventos registrados ao longo dos últimos dias.

Em suas intervenções mais recentes, o presidente tem denunciado a oposição venezuelana como protagonista de um golpe de Estado, com o apoio dos Estados Unidos. Na quinta-feira, perante o Supremo Tribunal, disse: "Jamais renunciarei aos compromissos com a pátria".

Crise

Na última quarta-feira (23), o líder da oposição na Venezuela, Juan Guaidó, se declarou presidente interino. Brasil, Estados Unidos, União Europeia e a própria Organização das Nações Unidas, além do Grupo de Lima e da Organização dos Estados Americanos (OEA), se manifestaram favoravelmente a Guaidó, em defesa de novas eleições gerais na Venezuela.

Internamente, Maduro resiste e conta com apoio da cúpula militar. Os confrontos entre simpatizantes do Maduro e de Guaidó agitaram a Venezuela nos últimos dias. Segundo entidades civis, pelo menos 14 pessoas foram mortas por causa da forte repressão.

A situação na Venezuela se agravou após a posse de Maduro para o segundo mandato presidencial, em 10 de janeiro. Para o Brasil, o Grupo de Lima, que reúne 14 países, e a OEA, o mandato é ilegítimo.

* Com informações da RTP Notícias.