Social-democrata vence eleição presidencial no Panamá
![REUTERS/Jose Cabezas/Direitos Reservados Laurentino Cortizo, Presidente, Panamá](/sites/default/files/thumbnails/image/loading_v2.gif)
O opositor social-democrata Laurentino "Nito" Cortizo, do Partido Revolucionário Democrático (PRD), venceu nesse domingo (5), por pequena vantagem, as eleições presidenciais do Panamá.
Contados 92% dos votos, o Tribunal Eleitoral considerou a tendência irreversível, apesar da diferença de apenas dois pontos percentuais de Cortizo sobre o empresário Rômulo Roux, líder do partido de direita Mudança Democrática (CD, em espanhol).
"A vitória é nossa. Graças a Deus, o Panamá decidiu o seu futuro, o Panamá ganhou! Apelo a todos os panamianos que se unam para resgatar o país e construir pontes que nos levem adiante", disse o ex-ministro da Agricultura, de 66 anos, a apoiadores, em seu discurso da vitória.
Já Roux, apoiado pelo ex-mandatário Ricardo Martinelli, que está detido, anunciou que não reconhecerá os resultados. "Nós não vamos aceitar nenhum resultado das eleições para presidente", disse. "Temos informação de irregularidades, e não vamos reconhecer o resultado até termos contado tudo", acrescentou.
O social-democrata obteve 33,08% dos votos, contra 31,06% de Roux. Menos de 40 mil votos separam os dois principais candidatos, segundo dados oficiais. A apuração mostra em terceiro lugar o candidato livre Ricardo Lombana, com pouco mais de 19% dos votos, enquanto na quarta posição aparece o candidato governista José Blandón, com mais de 10% dos votos.
A vitória do ex-ministro trouxe de volta ao Poder Executivo o histórico Partido Revolucionário Democrático, depois de dez anos na oposição. Na corrida à presidência, Cortizo apresentou um discurso nacionalista, com promessas de governar com autonomia e firmeza, para reorientar o Estado por meio de uma reforma legislativa constitucional e reduzir a corrupção, depois de um escândalo envolvendo a empreiteira Odebrecht.
A empresa brasileira admitiu ter distribuído ao menos US$ 100 milhões em propinas a servidores públicos entre 2006 e 2014. A Odebrecht concordou em compensar o Panamá com US$ 220 milhões em reparações ao longo de 12 anos, o que levou ao arquivamento do processo contra a construtora.
Esta foi a sexta eleição geral desde a queda do presidente Manuel Noriega, em 1989, e a primeira após a reforma do Código Eleitoral, em 2017.
Durante os meses que antecederam as eleições presidenciais, legislativas e locais, a população do Panamá, com cerca de 3,8 milhões de habitantes, demonstrou preocupação com questões como o combate à corrupção, uma nova Constituição e o combate ao crime, ao desemprego e ao alto custo de vida.
*Com informações da Deutsche Welle (agência pública da Alemanha)
![REUTERS/Gleb Garanich/Direitos Reservados Vista da usina nuclear de Chernobyl](/sites/default/files/thumbnails/image/loading_v2.gif)
![Fernando Frazão/Agência Brasil Cachoeiras de Macacu (RJ) 25/11/2024 - Vista de antiga área de pasto, à esquerda, reflorestada pelo Projeto Guapiaçu na Fazenda Vital Brazil para restauração da Mata Atlântica. Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil](/sites/default/files/thumbnails/image/loading_v2.gif)