Uruguai extradita prisioneiro que fugiu com mafioso italiano
Atendendo a pedido da Polícia Federal brasileira, o Uruguai extraditou Matías Acosta González, um dos quatro prisioneiros que fugiram da prisão, em Montevidéu, no dia 23 de junho. González, que foi extraditado ontem (18), fugiu junto com o mafioso italiano Rocco Morabito e outros dois presos.
Em nota oficial divulgada hoje (19), o Ministério do Interior afirmou que a "Polícia do Uruguai entregou em extradição, na base da Seção 5 do Chuí, o requerido pela Polícia Federal brasileira, por um delito de homicídio e duas tentativas de homicídio".
A fuga, amplamente divulgada pela imprensa uruguaia, aconteceu na noite do dia 23 de junho, no Instituto Nacional de Reabilitação, a antiga Cadeia Central. No dia 4 de julho, González foi capturado em uma fazenda, na cidade de Minas, a 120 km de Montevidéu.
"Finalizados os trâmites para a extradição, a Direção Geral de Luta contra o Crime Organizado e a Interpol entregaram o requerido às autoridades brasileiras", afirma em nota o Ministério do Interior.
Rocco Morabito
Dos 4 fugitivos, Rocco Morabito é o único que segue foragido. O criminoso italiano é membro da 'Ndrangheta, uma das mais poderosas máfias italianas, formada na região da Calábria.
Rocco Morabito fugiu da Itália, onde era acusado por crimes como tráfico internacional de drogas e associação com a máfia.
Ele vivia em Punta del Este há 13 anos, com um documento falso, quando foi preso em setembro de 2017. Sua falsa identidade era Francisco Capeletto, um brasileiro de 49 anos, radicado no Uruguai desde 2002.
As principais acusações contra Rocco no Uruguai são de falsificação de cédula de identidade, passaporte e falsificação ideológica.
Enquanto vivia tranquilamente no Uruguai, na Itália era considerado um dos cinco homens mais procurados por tráfico internacional de drogas.