Chile defende importância dos oceanos na COP25

A ministra do Meio Ambiente do Chile, Carolina Schmidt, pediu que os países utilizem o potencial dos oceanos para enfrentar o aquecimento global.
Ela falou nessa terça-feira (3) em um simpósio durante a COP25, a conferência da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre o clima, em Madri, na Espanha. O Chile ocupa a presidência da conferência, mas a sede do evento foi transferida de sua capital, Santiago, para a Espanha devido às manifestações que ocorrem no país sul-americano.
Schmidt disse que os oceanos representam dois terços da superfície da Terra e que sua capacidade de armazenar dióxido de carbono (CO²) deveria ser refletida nas metas nacionais para a redução da emissão de gases causadores do efeito estufa.
Pesquisadores disseram aos participantes que os oceanos absorvem mais dióxido de carbono que o solo. Eles explicaram que o CO² capturado pelos oceanos e ecossistemas costeiros é chamado de "carbono azul" e que aumentar seu volume seria uma forma eficaz de enfrentar as mudanças climáticas.
O Chile chama a conferência de COP Azul e pretende defender sua posição sobre a importância dos oceanos.
A conferência teve início na segunda-feira (2) com uma reunião de líderes de mais de 30 países e territórios. Os participantes se comprometeram a agir nos termos do Acordo de Paris, que deverá ser implementado no ano que vem.
Os líderes dos maiores emissores dos gases causadores do efeito estufa, incluindo os Estados Unidos (EUA), a China, a Índia e o Japão, não participaram do encontro. Os EUA, o segundo maior emissor desses gases no mundo, anunciou oficialmente a sua retirada do Acordo de Paris no mês passado.
*Emissora pública de televisão do Japão


