logo Agência Brasil
Internacional

Primeiro-ministro australiano admite erros na gestão de incêndios

"Há coisas que poderiam ter sido geridas muito melhor", disse
RTP*
Publicado em 12/01/2020 - 12:57
Camberra
Incêndio na Austrália
© REUTERS/Alkis Konstantinidis/Direitos Reservados

O primeiro-ministro da Austrália, Scott Morisson, admitiu hoje (12) que podem ter sido cometidos erros na gestão dos incêndios florestais que atingem o país e sobre a qual recebeu fortes críticas.

"Há coisas que poderiam ter sido geridas muito melhor", reconheceu o primeiro-ministro em entrevista à cadeia pública de televisão ABC, em que anunciou uma investigação pública sobre a resposta aos incêndios.

A afirmação do primeiro-ministro chega depois de, na sexta-feira (10), milhares de pessoas terem se manifestado em várias cidades da Austrália. Os manifestantes pediram a saída de Morisson e exigiram do governo mais meios para lutar contra as alterações climáticas e os incêndios florestais, que já deixaram 28 mortos e milhares de casas danificadas.

Morrison, que se negou a relacionar a crise climática com o agravamento dos incêndios florestais, tem sido objeto de críticas nas últimas semanas.

O primeiro-ministro conservador foi criticado por ir de férias, sem avisar, para o Hawai, nos Estados Unidos, em plena crise. Durante visita às regiões afetadas, ele foi mal recebido pela população.

Em relação às políticas para enfrentar os efeitos da crise climática, Scott Morrison afirmou, durante a entrevista, que "o governo continuará os esforços para alcançar os objetivos" de redução de emissões.

Desde que começaram, em setembro passado, os incêndios arrasaram uma superfície de mais de 8 milhões de hectares, equivalente ao território da Irlanda, e calcula-se que até 1 bilhão de animais selvagens tenham morrido.

Depois de vários dias críticos devido às altas temperaturas, na próxima semana está previsto um clima mais frio, o que poderia dar uma trégua aos bombeiros que lutam contra o fogo em todo o país.

*Emissora pública de televisão de Portugal