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Internacional

EUA pedem que cidadãos norte-americanos deixem o Brasil

Governo também aumentou alerta para viagens internacionais
Lisandra Paraguassu - Repórter da Reuters
Publicado em 25/03/2020 - 12:35
Brasília
Capitólio dos Estados Unidos, centro legislativo do governo norte-americano
© Mary F. Calvert/Reuters/direitos reservados
Reuters

O governo dos Estados Unidos divulgou aviso para que os cidadãos norte-americanos não viajem ao exterior, inclusive ao Brasil, devido ao crescimento da epidemia de coronavírus, e recomendou que usem os voos ainda existentes para deixar o território brasileiro o mais rápido possível, a menos que planejem ficar indefinidamente no exterior.

O aviso dos EUA, que elevaram para nível 4 o alerta em relação ao coronavírus, é para que se evite qualquer viagem internacional não essencial, e o texto divulgado pela embaixada no Brasil alerta que quem está no exterior deve retornar imediatamente "a menos que estejam preparados para permanecer no exterior por um período indeterminado." 

Os EUA já proibiram a chegada de voos de países europeus e da China, e empresas norte-americanas que voam para o Brasil têm suspendido totalmente ou reduzido seus voos para o país.

"A Embaixada dos EUA em Brasília gostaria de informar aos cidadãos dos EUA no Brasil que opções de voos comerciais permanecem disponíveis com saída do Brasil para os Estados Unidos, porém esperamos que esse número diminua", diz o texto.

"Os cidadãos dos EUA que desejam retornar aos Estados Unidos devem fazê-lo o mais rápido possível, pois a situação de viagem está mudando muito rapidamente e a disponibilidade de  voos  está sujeita a alterações", acrescenta.

EUA acompanham situação no Brasil

O governo dos EUA ainda não fechou a ligação aérea com o Brasil, mas acompanha com atenção a situação no país, segundo uma fonte.

Apesar de os Estados Unidos serem hoje o terceiro país com mais casos de coronavírus, ultrapassando os 50 mil confirmados, o Brasil não incluiu o país entre aqueles com restrição para ingresso, mesmo tendo alegado, inicialmente, que as razões para a escolha dos países havia sido o risco de contágio.

Depois, o Ministério da Justiça justificou o fato de os EUA terem ficado de fora porque as razões incluiriam "outros critérios" que não apenas o risco de contágio.

O presidente Jair Bolsonaro, no entanto, alegou que os EUA estariam "em situação semelhante a do Brasil", apesar da diferença no número de casos.

De acordo com uma fonte, o governo brasileiro espera um movimento do governo norte-americano de restrição de voos para então adotar medida semelhante, mas não tomaria a iniciativa.