Boris Johnson teme que Reino Unido perca poder se Escócia se separar


O primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, alertou que o país ficará mais fraco se o laço que une suas quatro nações for quebrado, em sua última rejeição à crescente pressão pela independência da Escócia.
Discordâncias entre as nações britânicas - Escócia, País de Gales, Irlanda do Norte e Inglaterra - sobre a gestão da pandemia do novo coronavírus danificaram relações que já estavam tensionadas pelo Brexit.
É especialmente o caso da Escócia, que votou contra sair da União Europeia (UE) e onde as pesquisas mostram que o apoio à independência por pouco supera o apoio pela união de 300 anos com a Inglaterra.
"A união do Reino Unido é, para mim, a maior parceria política que o mundo já viu", disse Johnson às emissoras, ao ser questionado sobre o que a união significa para ele. "Seria uma pena perder o poder e a mágica dessa união."
A Escócia depositou 55% dos votos contra a saída da União Europeia em um referendo em 2014, mas o Partido Nacional Escocês, que governa a nação, quer outro pleito. Embora os eleitores escoceses tenham apoiado a permanência na UE, o Reino Unido, como um todo, votou pela saída.
O Partido Conservador de Johnson, que governa todo o Reino Unido e decide a política em áreas que não foram devolvidas à Escócia, apoia fortemente a união e rechaça qualquer pedido de outro referendo.
Johnson e outros ministros importantes visitaram a Escócia nas últimas semanas, falando bastante sobre a força e os benefícios da relação.

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