Biden critica censura de orientação sexual nas escolas da Flórida

Projeto proíbe professores de falar sobre o tema

Publicado em 09/02/2022 - 07:44 Por RTP* - Washington

O presidente dos Estados Unidos (EUA), Joe Biden, criticou projeto de lei que visa proibir os professores de falar sobre orientação sexual nas escolas do estado da Flórida e prometeu proteger crianças da comunidade LGBTQI+.

"Quero que todos os membros da comunidade LGBTQI+, especialmente as crianças que serão afetadas por essa lei odiosa, saibam que são amados e aceitos como são", disse Biden.

Em mensagem publicada nessa terça-feira (8) no Twitter, o chefe de Estado norte-americano assegurou que o governo "continuará a lutar pela proteção e segurança" da comunidade LGBTQI+.

O projeto de lei é conhecido como "Don't say gay" (Não diga gay), porque poderá proibir discussões sobre identidade de género e orientação sexual nas escolas primárias da Flórida, no sudeste do país.

A iniciativa, promovida por republicanos - que consideram os temas de orientação sexual inadequados "à idade ou ao desenvolvimento dos alunos" - e é criticada pela comunidade LGBTQI+, foi aprovada pela Comissão de Educação do Senado da Flórida.

Se o projeto for aprovado, os pais poderão iniciar ações judiciais contra distritos escolares onde professores falem sobre identidade de género e orientação sexual e pedir indenização por danos.

A porta-voz da Casa Branca, Jen Psaki, afirmou ontem, na entrevista diária, que a iniciativa é  "legislação desenhada tendo como alvo de ataque as crianças" da comunidade LGBTQI+.

Ela disse que não se trata de um evento isolado: "Em todo o país, estamos vendo os republicanos regulando o que os alunos podem ler, aprender e, ainda mais preocupante, o que podem ser".

O projeto conta com o apoio do governador da Flórida, o republicano Ron DeSantis, que, na segunda-feira disse (7) ser "totalmente inadequado" que os professores conversem com os alunos sobre identidade de gênero e orientação sexual.

"As escolas devem ensinar as crianças a ler e escrever", disse o político.

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