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Internacional

Em discurso sobre Estado da União, Biden chama Putin de ditador

Presidente norte-americano diz que país não enviará tropas à Ucrânia
RTP*
Publicado em 02/03/2022 - 08:56
Washington
FILE PHOTO: Biden hosts a roundtable about securing critical minerals at the White House
© REUTERS/Kevin Lamarque/Direitos reserrvados
RTP - Rádio e Televisão de Portugal

Em seu primeiro discurso do Estado da União, o presidente dos Estados Unidos (EUA), Joe Biden, reiterou que o país não vai enviar tropas para a Ucrânia, em resposta à invasão russa, mas voltou a garantir a defesa da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan). Biden chamou Vladimir Putin de “ditador” e garantiu que o Departamento de Justiça está criando equipe de trabalho para investigar os crimes dos magnatas russos.

No tradicional pronunciamento anual dos presidentes dos EUA perante as duas câmaras do Congresso, em Washington, na noite passada, Biden anunciou a mobilização de tropas, aviões de combates e navios militares para proteger os países da Otan, incluindo Polônia, Romênia, Letônia, Lituânia e Estônia.

“No caso de Putin decidir continuar a mover-se para oeste”, frisou Biden, “os Estados Unidos e os aliados vão defender cada centímetro de território dos países da organização”.

O líder norte-americano chamou o presidente russo de “ditador” e garantiu que o Ocidente não vai ceder perante “ataque premeditado e sem provocação à Ucrânia”, mesmo diante de risco de impacto econômico.

“Ao longo da nossa história aprendemos esta lição: quando os ditadores não pagam um preço pela agressão, causam mais caos. Seguem em frente. E os custos e as ameaças para a América e o mundo continuam a aumentar”, disse Biden.

“Vladimir Putin quis fazer estremecer os alicerces do mundo livre, pensando que os podia fazer vergarem-se aos seus métodos ameaçadores, mas cometeu grande erroems seus cálculos. Pensou que podia entrar na Ucrânia e que o mundo nada faria. Em vez disso, enfrentou uma parede de força que nunca antecipou ou imaginou”, acrescentou.

Washington vai continuar a apoiar o povo ucraniano, mas as forças norte-americanas "não entraram e não vão entrar em conflito com as forças russas na Ucrânia", destacou o presidente. 

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