Em eleição ofuscada pela Ucrânia, húngaros decidem se Orban continua
O primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orban, um dos líderes mais antigos da Europa, tem leve favoritismo nas eleições deste domingo (3) para dar prosseguimento a um governo que já dura 12 anos, enquanto sua relação estreita com Moscou está na mira dos eleitores.
Com a guerra na vizinha Ucrânia dominando a campanha, a aliança de oposição que engloba seis partidos está a uma curta distância do partido Fidesz, de Orban, nas pesquisas, tornando o resultado da votação incerto pela primeira vez desde que Orban chegou ao poder em 2010.
Com o índice de comparecimento às urnas subindo para 52,75%, após um início lento prejudicado pelo clima excepcionalmente frio e pela neve em Budapeste, os candidatos foram às mídias sociais pedir aos seus apoiadores que se dirijam aos locais de votação.
Pesquisas
A guerra tornou a vida mais difícil para Orban após mais de uma década de estreitas relações políticas e comerciais da Hungria com a Rússia e o presidente Vladimir Putin, mas ainda assim ele manteve a liderança nas pesquisas de opinião.
O líder da oposição, o conservador Peter Marki-Zay, de 49 anos, classificou a eleição como uma escolha entre o Oriente e o Ocidente. Ele diz que Orban corroeu os direitos democráticos, virando a Hungria para a Rússia e para longe da União Europeia, onde ela pertence.
Marki-Zay, que fez fila para votar com sua esposa e filhos em Hodmezovasarhely, a cidade no sul do país onde é prefeito, disse esperar que o pleito "mude o curso da história húngara".
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