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Internacional

Zelenskiy considera que agressão russa não se limita ao seu país

Presidente falou aos ucranianos na noite desse sábado
RTP*
Publicado em 10/04/2022 - 10:42
Kiev
Volodymyr Zelenskiy ONU
© Ukrainian Presidential Press Service
RTP - Rádio e Televisão de Portugal

O presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskiy, considera que a Rússia está atacando toda a Europa com a agressão ao seu país. Ele disse que impedir a invasão da Ucrânia é essencial para a segurança de todas as democracias.

Em discurso aos ucranianos, na noite desse sábado (9), Volodymyr Zelenskiy afirmou que a agressão russa "não se destinava a ser limitada apenas à Ucrânia" e que "todo o projeto europeu é um alvo para a Rússia".

"É por isso que não é apenas dever moral de todas as democracias, de todas as forças europeias, apoiar o desejo de paz na Ucrânia", disse, acrescentando que "isso é, na realidade, a estratégia de defesa para todos os Estados civilizados".

O discurso do Presidente da Ucrânia foi divulgado enquanto, na zona leste do país, civis continuavam a fugir perante a iminência de um ataque russo, e os bombeiros procuravam sobreviventes numa cidade no Norte, de onde as forças russas saíram.

No pronunciamento, Zelenskiy agradeceu aos primeiros-ministros do Reino Unido e da Áustria suas visitas, nesse sábado, a Kiev as promessas de mais apoio.

A Rússia lançou, em 24 de fevereiro, ofensiva militar na Ucrânia que matou pelo menos 1.626 civis, incluindo 132 crianças, e feriu 2.267, entre eles 197 menores, segundo os mais recentes dados da ONU, que alerta para a probabilidade de o número real de vítimas civis ser muito maior.

A guerra já causou número indeterminado de baixas militares e a fuga de mais de 11 milhões de pessoas, das quais 4,3 milhões para países vizinhos.

Esta é a pior crise de refugiados na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945). As Nações Unidas calculam que cerca de 13 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária.

A invasão russa foi condenada pela comunidade internacional, que respondeu com o envio de armamento à Ucrânia e o reforço de sanções econômicas e políticas a Moscou.

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