logo Agência Brasil
Internacional

Agência sanitária inglesa destaca propagação da varíola dos macacos

É a primeira vez que o vírus passa de uma pessoa para outra no país
Natalie Grover – Repórter da Reuters*
Publicado em 01/06/2022 - 16:59
Londres
Paciente com lesões na pele provocadas pela varíola do macaco, na República Democrática do Congo
© CDC/BRIAN W.J. MAHY
Reuters

A varíola dos macacos parece estar se espalhando de pessoa para pessoa na Inglaterra, afirmou, nesta quarta-feira (1°), a Agência de Segurança de Saúde do Reino Unido (UKHSA, na sigla em inglês).

Entende-se que a doença viral, normalmente leve e endêmica nas regiões ocidental e central da África, se propaga pelo contato próximo. Até o início de maio, eram raros os casos que se estendiam para fora do continente africano ou que não tinham ligação direta com viagens até lá.

Este é o primeiro surto de varíola dos macacos em que o vírus se propaga de uma pessoa para outra na Inglaterra e onde ligações de viagem com um país endêmico não foram identificadas, informou a agência.

De acordo com a UKHSA, a maioria dos casos no Reino Unido – 132 -- está em Londres, enquanto 111 casos foram identificados em homens gays, bissexuais ou que tenham relações sexuais com outros homens. Apenas dois casos são em mulheres.

Viagens recentes a outros países na Europa, dentro de 21 dias a partir do início dos sintomas, foram relatadas em 34 dos casos confirmados, ou cerca de 18% dos 190 casos da doença que foram confirmados no Reino Unido até o dia 31 de maio.

Até agora, a UKHSA identificou ligações a bares gays, saunas e ao uso de aplicativos de encontros no Reino Unido e no exterior.

"As investigações continuam, mas, até agora, nenhum fator único ou exposição que ligue os casos foi identificado", alertou a agência.

*É proibida a reprodução deste conteúdo.