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Internacional

Brics: Xi Jinping critica "abuso" de sanções; Putin recrimina Ocidente

China tem a maior economia do bloco dos Brics
Guy Faulconbridge - Repórter da Reuters
Publicado em 23/06/2022 - 11:52
Londres
O presidente da China, Xi Jinping, durante a reunião dos BRICS em 2022
© Reuters/Florence Lo/Direitos Reservados
Reuters

O presidente da China, Xi Jinping, criticou hoje (23) o que ele chamou de abuso das sanções internacionais, enquanto o presidente da Rússia, Vladimir Putin, recriminou o Ocidente por fomentar uma crise global, com os dois líderes pedindo maior cooperação dos Brics.

Xi pediu que Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul (Brics) assumam a responsabilidade conferida por sua influência econômica e defendam um sistema internacional verdadeiramente multinacional, baseado na Organização das Nações Unidas (ONU).

"Temos que abandonar a mentalidade da Guerra Fria e bloquear o conflito e nos opor a sanções unilaterais --e ao abuso de sanções", disse Xi à cúpula dos Brics por meio de um tradutor.

"Nossa reunião de hoje vem em um momento crucial de escolha para o futuro da humanidade: como mercados emergentes-chave e países em desenvolvimento, os países dos Brics devem estar à altura de nossa responsabilidade", afirmou o líder chinês.

A China tem, de longe, a maior economia do bloco dos Brics, respondendo por mais de 70% do poder econômico coletivo de US$ 27,5 trilhões do grupo.

Putin, por sua vez, pediu o fortalecimento da cooperação dos Brics e alfinetou o Ocidente, que ele acusou de fomentar uma crise.

"Somente com base em uma cooperação honesta e mutuamente benéfica podemos procurar maneiras de sair da situação de crise que se desenvolveu na economia global devido às ações mal consideradas e egoístas de Estados individuais", disse Putin.

Ele acusou o Ocidente de "usar mecanismos financeiros" para "esconder seus próprios erros de política macroeconômica para o mundo inteiro".

Putin tem dito que as relações com a China estão em seu melhor momento e anunciou uma parceria estratégica com o país asiático destinada a combater a influência dos Estados Unidos.

 

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