Ucrânia: tropas resistem em Sievierodonetsk, após destruição de ponte
![REUTERS/Gleb Garanich/Direitos Reservados Tropas ucranianas na região de Donetsk](/sites/default/files/thumbnails/image/loading_v2.gif)
![Reuters](https://agenciabrasil.ebc.com.br/sites/default/files/styles/269x0/public/logo_parceiros/logo_reuters.jpg?itok=1pP189Lc)
A Ucrânia disse nesta terça-feira (14) que suas forças ainda estão resistindo dentro de Sievierodonetsk e tentando retirar civis, depois que a Rússia destruiu a última ponte para a cidade devastada no Leste, em um potencial ponto de virada em uma das batalhas mais sangrentas da guerra.
"A situação é muito difícil, mas há comunicação com a cidade", apesar da destruição da última ponte sobre o rio Siverskyi Donets, afirmou o prefeito ucraniano de Sievierodonetsk, Oleksandr Stryuk. "As tropas russas estão tentando invadir a cidade, mas os militares estão se mantendo firmes."
A Ucrânia diz que mais de 500 civis estão presos dentro de uma fábrica de produtos químicos em uma zona industrial da cidade, onde suas forças têm resistido a semanas de bombardeios e ataques russos.
As retiradas ainda estão sendo realizadas "a cada minuto quando há uma calmaria e há possibilidade de transporte", disse Stryuk. "Mas são retiradas discretas, feitas uma a uma, e todas as chances possíveis são aproveitadas."
Ambos os lados afirmam ter infligido enormes baixas ao inimigo nos combates pela cidade, o principal alvo da Rússia em sua batalha pelo Leste depois que não conseguiu capturar a capital da Ucrânia, Kiev, em março.
A Ucrânia ainda detém Lysychansk, a cidade gêmea de Sievierodonetsk em um terreno mais alto na margem oposta. Mas com todas as pontes agora cortadas, suas forças reconhecem o risco de serem cercadas se permanecerem. Os representantes separatistas da Rússia disseram que quaisquer tropas ucranianas deixadas para trás precisam se render ou serão mortas.
Damien Megrou, porta-voz de uma unidade de voluntários estrangeiros que ajudam a defender Sievierodonetsk, afirmou que existe o risco de deixar "um grande bolsão de defensores ucranianos isolados do resto das tropas ucranianas" - como em Mariupol, que caiu em maio após meses de cerco russo.
A batalha por Sievierodonetsk - uma cidade de pouco mais de 100 mil pessoas antes da guerra - é agora o maior combate na Ucrânia.
Kiev disse que está perdendo impressionantes 100 a 200 soldados a cada dia, com centenas de feridos. Em um discurso noturno, o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenskiy, descreveu a batalha pela região de Donbas, no Leste, como uma das mais brutais da história europeia.
A Rússia não fornece números regulares de suas próprias perdas, mas os países ocidentais dizem que foram enormes, já que Moscou comprometeu a maior parte de seu poder de fogo para cumprir um dos objetivos declarados do presidente Vladimir Putin: forçar Kiev a ceder todo o território de duas províncias no Leste do país.
Assista na TV Brasil
Armas
A jornalistas dinamarqueses, o presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskiy disse hoje que os militares da Ucrânia têm munição e armas suficientes, mas precisam de mais armas de longo alcance.
"Temos armas suficientes. O que não temos o suficiente são as armas que realmente atingem o alcance que precisamos para reduzir a vantagem do equipamento da Federação Russa", disse em uma coletiva de imprensa online organizada pela editora dinamarquesa Berlingske Media.
*É proibida a reprodução deste conteúdo
![Antonio Cruz/Agência Brasil Brasília (DF) 18/02/2025 – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, recebe o presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa, nesta manhã no Palácio do Planalto
Foto: Antonio Cruz/Agência Brasil](/sites/default/files/thumbnails/image/loading_v2.gif)
![Fernando Frazão/Agência Brasil Cachoeiras de Macacu (RJ) 25/11/2024 – A copa do Jequitibá-rosa (Cariniana legalis) milenar, com mais de 40 metros de altura, destacada no Parque Estadual dos Três Picos, que recebe monitoramento do Projeto Guapiaçu para restauração da Mata Atlântica e educação ambiental. Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil](/sites/default/files/thumbnails/image/loading_v2.gif)
![Tânia Rêgo/Agência Brasil Rio de Janeiro(RJ), 18/11/2024 - O presidente da Argentina, Javier Milei, participa da plenária sobre reforma das instituições no G20. Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil](/sites/default/files/thumbnails/image/loading_v2.gif)