Peritos da ONU mantêm visita a Zaporizhzhia apesar de bombardeios
A Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) anunciou que vai manter as visitas à central nuclear de Zaporizhzhia, ocupada por tropas russas, na Ucrânia, apesar dos relatos de bombardeios nas proximidades, disse o diretor-geral da instituição, Rafael Grossi. Nas últimas horas, Rússia e Ucrânia trocaram acusações sobre os ataques desta quinta-feira (1º) à central.
"Houve atividades militares, inclusive esta manhã, há alguns minutos", disse Grossi em entrevista na cidade de Zaporizhzhia, a cerca de 120 quilômetros (km) da central.
"Mas tendo chegado tão longe, não vamos parar", acrescentou, lembrando que o objetivo inicial será avaliar de imediato a situação de segurança da usina.
De acordo com o ex-presidente da Câmara da cidade de Zaporizhia Dmytro Orlov, os russos atacaram novamente Enerhodar, a cidade-satélite perto da central nuclear, ferindo vários civis.
Por sua vez, o Exército russo acusou as tropas ucranianas de terem enviado uma equipe de "sabotadores" para as proximidades da central nuclear, no dia visita da missão da AIEA.
No Telegram, o chefe de gabinete do presidente ucraniano, Andrii Yermak, acusou Moscou de tentar "destruir" a missão da ONU ao agir como "Estado terrorista".
"Os russos bombardearam Energodar e o território da central nuclear de Zaporizhia",disse Yermaki.
Por meio do Ministério da Defesa, os russos informaram que estão atacando, com o uso de helicópteros, um "grupo de sabotagem" que atua na central de Zaporizhzhia.
Ontem, no início da tarde, uma coluna com cerca de 20 carros, metade com as siglas da ONU, e uma ambulância chegaram à localidade de Zaporizhzhia, localizada a cerca de 50 km da central.
A missão da agência, constituída por 14 pessoas, foi recebida pelo presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, no dia anterior em Kiev, tendo deixado a capital na manhã de quarta-feira.
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