Irã vai retaliar após ataque a santuário, diz comandante
O Irã vai retaliar após ataque reivindicado pelo Estado Islâmico em um santuário que matou 15 pessoas, disse o comandante da Guarda Revolucionária de elite do país.
O ataque aumentará a pressão sobre o governo, que enfrenta implacáveis manifestações de pessoas de todas as camadas da sociedade desde a morte, sob custódia policial, de Mahsa Amini, mulher curda de 22 anos, em 16 de setembro.
"Declaramos firmemente: o fogo da vingança do povo do Irã finalmente os alcançará e os punirá por seus atos vergonhosos", disse Hossein Salami, segundo a agência de notícias semioficial Tasnim.
Autoridades iranianas disseram que prenderam o atirador, autor do ataque no santuário Shah Cheragh, na cidade de Shiraz. A mídia estatal culpou os "terroristas takfiri" - rótulo que Teerã usa para militantes muçulmanos sunitas radicais, como o Estado Islâmico.
O Estado Islâmico, que já representou ameaça à segurança em todo o Oriente Médio, reivindicou violência anterior no Irã, incluindo ataques mortais em 2017 que atingiram o Parlamento e o túmulo do fundador da República Islâmica, o aiatolá Ruhollah Khomeini.
O assassinato de peregrinos xiitas nessa quarta-feira (26) ocorreu no mesmo dia em que as forças de segurança iranianas entraram em confronto com manifestantes, marcando 40 dias da morte de Amini.
O grupo de direitos humanos Hengaw disse que dois jovens foram mortos a tiros pela polícia durante protestos em Sanandaj, capital da província do Curdistão, e na cidade de Mahabad, no noroeste, durante manifestações ontem em todo o Irã. A Reuters não pôde verificar o relato.
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