Nova onda de refugiados ucranianos é esperada no Leste Europeu
Países do Leste Europeu estão se preparando para possível onda de refugiados ucranianos, enquanto a Rússia mira usinas de energia e aquecimento antes do inverno. O presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskiy, disse que cerca de 4 milhões de pessoas já estão sem energia.
Segundo Zelenskiy, 14 regiões mais a capital Kiev estão sem energia. A operadora da rede elétrica Ukrenergo, da Ucrânia, disse que interrupções de energia programadas devem afetar todo o país nesta quarta-feira (9).
As forças russas têm atacado a infraestrutura de energia da Ucrânia, com mísseis e drones, no período que antecede o inverno, quando as temperaturas médias geralmente caem para vários graus abaixo de zero.
Acredita-se que cerca de 6,9 milhões de pessoas foram deslocadas internamente na Ucrânia, e países do Leste Europeu, como Eslováquia e Hungria, se preparam para um aumento do fluxo de migrantes nos próximos meses.
"Um aumento nos números está sendo sentido e é esperado", disse Roman Dohovic, coordenador de ajuda para a cidade de Kosice, no Leste da Eslováquia.
As forças ucranianas estão na ofensiva nos últimos meses, ao mesmo tempo em que a Rússia se reagrupa para defender áreas do país que ainda ocupa, tendo convocado centenas de milhares de reservistas no mês passado.
Zelenskiy afirmou que suas forças não cederiam "um único centímetro" em batalhas pela região leste ucraniana de Donetsk, enquanto autoridades designadas pela Rússia disseram que as forças ucranianas estão se movendo para uma cidade do Sul com tanques.
Os pontos centrais do conflito na região industrial de Donetsk estão em torno das cidades de Bakhmut, Soledar e Avdiivka, que têm registrado os combates mais pesados desde que as forças russas invadiram a Ucrânia, no fim de fevereiro.
"A atividade dos ocupantes permanece em nível extremamente alto - dezenas de ataques todos os dias", disse Zelenskiy em sua transmissão noturna de vídeo.
"Eles estão sofrendo perdas extraordinariamente altas. Mas a ordem continua a mesma - avançar na fronteira administrativa da região de Donetsk. Não cederemos um único centímetro de nossa terra", declarou.
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