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Internacional

Kremlin diz que ucranianos sofrerão se Europa enviar tanques à Ucrânia

Rússia afirma que há nervosismo crescente dentro da Otan
agência Reuters
Publicado em 23/01/2023 - 08:21
Moscou
Vista de local de queda de helicóptero na cidade ucraniana de Brovary, nos arredores de Kiev
© 18/01/2023 REUTERS Direitos reservados
Reuters

O Kremlin disse hoje (23) que o povo ucraniano sofrerá se o Ocidente enviar tanques para apoiar Kiev, enquanto a questão sobre se os tanques Leopard, de fabricação alemã, serão transferidos para a Ucrânia continuava sem solução.

Os Estados Unidos e seus aliados não conseguiram, durante as conversações da semana passada na Alemanha, convencer Berlim a fornecer seus tanques de batalha Leopard para a Ucrânia, uma exigência de Kiev ao tentar dar um novo impulso em sua luta contra as forças russas.

Berlim disse que, caso se chegasse a um consenso, permitiria aos aliados transferir os Leopards de seus próprios arsenais para a Ucrânia. Mas mesmo isso parecia ser inconclusivo.

Tanques

Perguntado sobre o assunto em uma entrevista coletiva  nesta segunda-feira, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, disse que as divisões na Europa sobre o fornecimento de tanques para Kiev mostraram que havia um "nervosismo" crescente dentro da aliança militar ocidental Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan).

"Mas é claro que todos os países que participam, direta ou indiretamente, do envio de armas à Ucrânia e do aumento de seu nível tecnológico são responsáveis (pela continuação do conflito)", acrescentou Peskov.

"O principal é que é o povo ucraniano é quem pagará o preço por todo esse pseudo apoio", disse ele.

O primeiro-ministro da Polônia, Mateusz Morawiecki, disse hoje que seu país poderia enviar tanques Leopard para a Ucrânia como parte de uma coalizão de países, mesmo sem a permissão da Alemanha.

A Alemanha não se colocaria no caminho se a Polônia enviasse seus tanques Leopard 2, de fabricação alemã, para a Ucrânia, disse a ministra das Relações Exteriores alemã, Annalena Baerbock, em uma entrevista ao canal de televisão francês LCI.