Chile enfrenta piores incêndios florestais da história
Bombeiros chilenos lutavam, nessa segunda-feira (6), para conter os incêndios florestais espalhados pelo país. A previsão é de que o tempo quente e seco permanecerá nesta semana, agravando os incêndios, considerados os mais letais da história recente do país.
O fogo, que já consumiu 270 mil hectares, deixou 26 mortos até agora na região centro-sul do Chile, e já faz de 2023 o segundo pior ano em termos de hectares queimados após a chamada "tempestade de fogo" que atingiu o país em 2017.
A Corporação Florestal Nacional informou que na manhã de ontem havia 275 incêndios ativos, dos quais 69 estavam sendo combatidos.
"União para enfrentar a tragédia, união para nos reconstruirmos", escreveu o presidente Gabriel Boric no Twitter.
O Chile está passando por um período de tempo seco de mais de uma década, que a Organização Meteorológica Mundial chamou no ano passado de "mega seca", acrescentando que foi o período mais longo em mil anos, e que marcou grande crise hídrica no país.
O ministro do interior chileno disse que 11 pessoas foram presas por ações relacionadas aos incêndios, mas não deu detalhes sobre possíveis crimes que estão sendo investigados. Na sexta-feira, Boric deu sinais de que alguns dos incêndios podem ter sido provocados de forma intencional.
Os incêndios não afetaram a indústria de mineração no principal país produtor de cobre do mundo, com minas localizadas principalmente no Norte do país, mas atingiram o setor agrícola e florestal do Chile.
A Chilean Wood Corporation, uma associação do setor, disse à Reuters que seus parceiros estão atualmente focados na emergência e ainda não têm uma avaliação preliminar do impacto.
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