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Internacional

Rússia lança ataques em toda a Ucrânia com partida de Xi Jinping

Enquanto líder chinês partia, forças russas atacavam várias regiões
RTP*
Publicado em 23/03/2023 - 11:23
Kiev
Homem anda em área de prédio residencial abalado por um ataque de drones russos a Kiev
© Reuters/Valentyn Ogirenko/Direitos reservados
RTP - Rádio e Televisão de Portugal

A visita do presidente chinês, Xi Jinping, à Rússia já terminou, mas sem sinais de pacificação à vista para a guerra na Ucrânia. Enquanto o presidente chinês partia de Moscou, as forças russas atacavam, nessa quarta-feira (22), várias regiões do país

Depois das reuniões com Vladimir Putin, Xi Jinping deixou a capital russa com o compromisso de aprofundar laços entre Pequim e Moscou. Mas dos encontros entre os dois líderes não resultou em qualquer mudança no conflito com a Ucrânia

Enquanto o presidente chinês partia de Moscou, a Rússia lançou uma onda de ataques com drones Shahed, de fabricação iraniana, na região de Kiev. De acordo com o chefe da polícia da capital ucraniana, morreram pelo menos nove pessoas e sete ficaram feridas, depois de atingida zona residencial da cidade de Rzhyshchiv.

As forças russas atacaram também a cidade de Zaporizhia, atingindo com pelo menos seis mísseis prédios habitacionais. As autoridades ucranianas descrevem o ataque como "deliberado” para matar civis”, do qual resultou um morto e mais de 30 feridos.

“Um dos mísseis atingiu dois prédios, destruindo parcialmente apartamentos e varandas, danificando telhados e janelas”, diz comunicado. “A explosão e os destroços também danificaram outros prédios residenciais próximos, carros e infraestruturas civis na cidade”.

Entretanto, a Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA) advertiu que a segurança da central ucraniana de Zaporizhia se encontra em "estado precário", no momento em que a região continua a ser alvo de ataques e bombardeios.

A "última linha elétrica de emergência" da central, que permite garantir a segurança nuclear como último recurso, continua desligada e em reparação.

"A segurança nuclear dentro da central permanece nem estado precário", afirmou Rafael Grossi, diretor-geral da AIEA. "Apelo, mais uma vez, a todas as partes para que se comprometam a garantir a segurança da central".

Zelensky 

Os ataques russos das últimas 24 horas ocorrem quando o presidente Volodymyr Zelensky visita as tropas ucranianas na linha da frente na região do Donbass.

"É angustiante olhar para as cidades de Donbass, às quais a Rússia trouxe sofrimento e ruína terríveis", afirmou o presidente ucraniano em seu habitual discurso em vídeo.

"É uma honra para mim apoiar os soldados que defendem o Estado nas mais duras condições da linha de frente", disse Zelensy que, nessa quarta-feira, homenageou com medalhas vários militares na região.

No vídeo divulgado nas redes sociais, ele prometeu que as forças ucranianas vão responder aos ataques dos russos.

"Os ataques de hoje em Zaporizhia, o ataque noturno na região de Kiev. Todos os ataques russos receberão resposta militar, política e legal. A Rússia vai perder essa guerra".

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