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Internacional

Ajay Banga é eleito novo presidente do Banco Mundial

Posse deve ocorrer em 2 de junho, e o mandato é de cinco anos
RTP
Publicado em 04/05/2023 - 10:39
Lisboa
FILE PHOTO: U.S. nominee to head World Bank, Ajay Banga, stands with officials during his visit at the headquarters of Ivorian electricity company of Yopougon in Abidjan, Ivory Coast, March 7, 2023. REUTERS/Luc Gnago/File Photo
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RTP - Rádio e Televisão de Portugal

O Banco Mundial escolheu Ajay Banga para substituir David Malpass, concluindo um processo de seleção iniciado em fevereiro de 2023. O empresário e ex-presidente da Mastercard tem 63 anos e nasceu e cresceu na Índia, tendo obtido cidadania norte-americana porteriormente.

A indicação de Banga foi do presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, praticamente garantindo a sua nomeação já que, segundo uma regra não escrita, tem a liderança do Banco Mundial é de um norte-americano e a do Fundo Monetário Internacional (FMI) é de um europeu.

O fato de ser o único candidato ao cargo também limitou as opções do Conselho de Administração do Banco Mundial, que comunicou a escolha de Banga, nesta quarta-feira (3). O novo presidente deverá tomar posse no dia 2 de junho para um mandato de cinco anos.

Perfil

Espera-se que Ajay Banga se dedique à reforma do Banco Mundial e o norteie em investimentos dedicados à inclusão financeira e às alterações climáticas – duas áreas nas quais Banga tem vasta experiência.

O novo presidente do Banco Mundial foi vice-presidente da empresa investimento General Atlantic, que investiu mais de US$ 800 milhões em soluções de carregamento para veículos elétricos, energia solar e agricultura sustentável. Ele é membro honorário da Câmara de Comércio Internacional.

Após 12 anos na Mastercard, Banga deixou a companhia em 2021. Em sua gestão teve por objetivo trazer bilhões de pessoas e 50 milhões de micro e pequenos negócios à economia digital. Liderou ainda projetos em questões climáticas, de gênero e de agricultura sustentável.

Foi ainda co-responsável pelo projeto Parceria para a América Central, ao lado da atual vice-presidente dos Estados Unidos, Kamala Harris. O projeto mobilizou mais de US$ 4 bilhões em fundos privados, públicos e sem fins lucrativos, para incentivar oportunidades na região norte da América Central.

Apoio

"Ao longo de mais de três décadas, ele [Ajay Banga] construiu e administrou empresas globais de sucesso que criam empregos e trazem investimentos às economias em desenvolvimento, além de ter guiado organizações em períodos de mudança fundamental", disse a Casa Branca ao comunicar as razões que levaram à escolha de Banga, em fevereiro.

Seus apoiadores consideraram que o fato de ter crescido na Índia deu ao empresário uma perspetiva única sobre as formas como o Banco Mundial poderá cumprir os objetivos de reduzir a pobreza e expandir a prosperidade.

Desde a sua indicação como candidato dos Estados Unidos ao cargo, Ajay Banga lançou-se em uma volta ao mundo em busca de apoio, sobretudo dos países emergentes e em desenvolvimento. Ele contou com o apoio da Índia, seu país natal, do Quênia e da África do Sul.

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