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Internacional

Kiev pede armas para ataques de precisão a longa distância

Pedido foi feito pelo vice-ministro da Defesa, Volodymyr Gavrilov
RTP*
Publicado em 17/06/2023 - 13:51
Kiev
RTP - Rádio e Televisão de Portugal

A Ucrânia precisa de armas com alcance até 200 quilômetros (km) para ser capaz de realizar ataques de alta precisão a longa distância contra as forças russas, afirmou hoje o vice-ministro da Defesa ucraniano.

Volodymyr Gavrilov disse que os planos militares da Ucrânia, que tem em curso uma contraofensiva contra a Rússia, estão sendo executados de acordo com o previsto.

"A Ucrânia está tomando a iniciativa, a Rússia está na defensiva, mas para se fortalecer, [o país] precisa de armas com alcance até 200 km", afirmou Gavrilov em comunicado no Telegram.

Gavrilov observou que é necessário, na guerra moderna, saber as posições do inimigo "e ser capaz de realizar ataques de precisão a longa distância".

"Ou seja, ter armas capazes de atingir o inimigo a uma distância até 200 km", acrescentou no comunicado, citando a agência espanhola EFE.

Gavrilov disse ainda que a Ucrânia recebe aviões que serão usados, sobretudo, para proteger os civis e as infraestruturas civis dos mísseis lançados pelas forças russas.

Desde o início da guerra, em 24 de fevereiro de 2022, Kiev tem acusado a Rússia de destruir infraestruturas civis, incluindo edifícios residenciais, mas Moscou respondeu sempre que visa apenas alvos militares.

"Passou-se mais de um ano de guerra e estamos confiantes em derrotar os invasores russos, juntamente com os nossos parceiros que nos fornecem tudo o que precisamos", afirmou.

Os aliados ocidentais de Kiev têm fornecido armamento às Forças Armadas ucranianas e treinado os seus efetivos desde que a Rússia invadiu o país.

Também têm decretado sucessivos pacotes de sanções econômicas contra interesses russos para diminuir a capacidade de Moscou de financiar o esforço de guerra.

É desconhecido o número de baixas civis e militares na guerra russa contra a Ucrânia, mas diversas fontes, incluindo a ONU, têm admitido que é elevado.

O conflito mergulhou a Europa naquela que é considerada como a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

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