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Internacional

Japão começa a liberar em agosto água radioativa tratada de Fukushima

Plano foi aprovado pela Agência Internacional de Energia Atômica
Chang-Ran Kim - Repórter da Reuters
Publicado em 05/07/2023 - 08:32
Tóquio
FILE PHOTO:  An aerial view shows workers wearing protective suits and masks work at a construction site (C) of the shore barrier to stop radioactive water from leaking into the sea, at the tsunami-crippled Fukushima Daiichi nuclear power plant
© Reuters/KYODO/Direitos Reservados
Reuters

O governo japonês pretende iniciar a liberação de água radioativa tratada da usina nuclear destruída de Fukushima Daiichi já em agosto, após receber selo de aprovação do órgão regulador nuclear da Organização das Nações Unidas (ONU), informou o jornal Nikkei.

Em marco importante para o processo de desativação da usina, destruída no terremoto e tsunami de 2011, a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) disse nessa terça-feira que uma revisão de dois anos mostrou que os planos do Japão para a liberação de água são consistentes com os padrões de segurança global.

Tóquio havia informado em janeiro que planejava começar a bombear a água para o oceano "entre a primavera e o verão", mas não especificou uma data, pendente de aprovação pelo órgão regulador. 

Com o endosso da AIEA, o primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, disse que seu país buscará obter aceitação tanto nacional quanto internacional da medida.

Os sindicatos locais de pescadores japoneses há muito se opõem ao plano, dizendo que ele pode desfazer o trabalho de reparação de danos à sua credibilidade, após a proibição de importação, por vários países, de produtos alimentícios japoneses com medo da radiação.

Alguns países vizinhos também demonstraram preocupação com a ameaça ao meio ambiente, e o governo de Pequim surge como o maior crítico.

O Japão diz que a água foi filtrada para remover a maioria dos elementos radioativos, exceto o trítio, isótopo de hidrogênio difícil de separar da água. A água tratada será diluída com níveis de trítio bem abaixo dos aprovados internacionalmente antes de ser liberada no Oceano Pacífico.

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