Mais de 10 mil pessoas são deslocadas no Haiti após onda de violência
Mais de 10 mil pessoas fugiram de suas casas em partes da região central do Haiti, informou a agência de migração das Nações Unidas, após uma série de ataques de gangues nos últimos dias, inclusive em um hospital no norte da capital.
A polícia, com poucos recursos, tem lutado contra gangues fortemente armadas, que ganharam território e expandiram enormemente sua influência ao longo do ano passado, formando alianças poderosas principalmente na capital Porto Príncipe.
Os conflitos se expandiram nos últimos meses, aumentando em regiões como Artibonite.
Na manhã de terça-feira (26), homens armados atacaram o Hospital Universitário de Mirebalais, um dos principais centros de saúde do país. Dias antes, supostos membros de uma gangue atacaram uma delegacia de polícia nas proximidades de Saut-d'Eau.
O principal provedor particular de cuidados de saúde do Haiti, Zanmi Lasante, divulgou declaração condenando o "ataque brutal que viola o tratado moral que considera os hospitais como locais neutros, deixando pacientes e equipe médica profundamente traumatizados".
Nenhuma pessoa foi imediatamente morta ou ferida no ataque, mas vídeos nas redes sociais mostraram cenas caóticas com janelas quebradas e paredes de hospitais cravejadas de buracos de bala.
A violência tem aumentado desde a semana passada, quando o líder da poderosa aliança de gangues do G9, Jimmy "Barbecue" Cherizier, disse que derrubaria o governo pela força. Ele convocou trégua mais ampla para as gangues da área metropolitana por meio de nova aliança chamada "Viver Juntos".
O anúncio provocou conflitos internos. Na terça-feira, o líder de uma gangue da G9 foi morto por outros membros da mesma aliança perto do Hospital Fontaine na capital, segundo relatos da mídia local.
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