logo Agência Brasil
Internacional

Ataque de Israel a ambulâncias deixa mortos e feridos em Gaza

Veículos levavam pessoas em estado grave para tratamento no Egito
Nidal al-Mughrabi e Angus Mcdowall - Repórteres da Reuters
Publicada em 03/11/2023 - 13:23
Dubai e Gaza
Women mourn the Palestinians killed during Israeli strikes, amid the ongoing conflict between Israel and Palestinian Islamist group Hamas, at a hospital, in Khan Younis in the southern Gaza Strip, November 3, 2023. REUTERS/Mohammed Salem
© REUTERS/Mohammed Salem
Reuters

O Ministério da Saúde da Faixa de Gaza, controlada pelo Hamas, informou que vários palestinos foram mortos e feridos nesta sexta-feira (3), quando Israel atacou um comboio de ambulâncias que transportavam pessoas gravemente feridas em Gaza. O porta-voz do Ministério da Saúde, Ashraf Al-Qudra, havia afirmado anteriormente que palestinos gravemente feridos precisavam ser transferidos com urgência para tratamento no Egito, a partir da cidade de Gaza, e do Norte para o Sul.

As autoridades de saúde palestinas na Faixa de Gaza disseram que o comboio de ambulâncias estava para deixar o Hospital al-Shifa, na cidade de Gaza, e seguir para o sul do enclave para retirar os feridos.

Um porta-voz dos militares israelenses disse que estava analisando o relato.

"A ocupação teve como alvo o comboio em mais de um local", disse Ashraf al-Qidra, porta-voz do Ministério da Saúde.

Segundo ele, o comboio foi alvejado tanto no portão do hospital quanto na Praça Ansar, a um quilômetro de distância. Qidra não informou o número de vítimas no incidente.

A televisão Al-Aqsa, controlada pelo Hamas, disse que muitas pessoas foram mortas e feridas, creditando a informação ao Ministério da Saúde. A televisão Al-Shehab, também do Hamas, disse que várias pessoas foram mortas e feridas.

Mais cedo, Qidra disse que ambulâncias enviariam, da sitiada Cidade de Gaza ao sul do enclave, palestinos gravemente feridos com necessidade urgente de cuidados no Egito.

Israel, que acusou o Hamas de ocultar centros de comando e entradas de túneis no hospital al-Shifa, ordenou que todos os civis deixassem o norte de Gaza no mês passado. Na quinta-feira, militares israelenses cercaram a área.

As autoridades hospitalares do Hamas e de al-Shifa negaram que a instalação seja usada como base por combatentes militantes.

Um vídeo compartilhado nas redes sociais verificado pela Reuters mostrava pessoas ensanguentadas deitadas ao lado de uma ambulância com luzes piscando em uma rua da cidade enquanto outras corriam para ajudar.

Netanyahu

Israel não concordará com cessar-fogo temporário com o Hamas até que os mais de 240 reféns capturados pelo movimento islâmico, durante seu ataque em 7 de outubro, sejam libertados, disse o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, nesta sexta-feira.

"Israel recusa um cessar-fogo temporário que não inclua o retorno de nossos reféns", afirmou ele durante discurso transmitido pela televisão.

*É proibida a reprodução deste conteúdo.