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Internacional

Ministros japoneses sob suspeita de fraude financeira pedem demissão

Procuradores investigam denúncias contra partido que governa o país
Lusa*
Publicado em 14/12/2023 - 09:32
Tóquio
Japanese Prime Minister Fumio Kishida attends a news conference at the prime minister's office in Tokyo, Japan, 13 December 2023. Prime Minister Kishida said he will replace several ministers implicated in a political fundraising scandal.    FRANCK ROBICHON/Pool via REUTERS
© FRANCK ROBICHON / EFE / direitos reservados
Lusa

Quatro ministros japoneses apresentaram pedido de demissão nesta quinta-feira (14), depois de o primeiro-ministro Fumio Kishida ter anunciado que pretende enfrentar um escândalo de fraude financeira no seio do partido que lidera, noticiou a imprena local. 

"Apresentei a minha demissão ao primeiro-ministro", declarou hoje o braço direito de Kishida, o secretário-geral e porta-voz do governo, Hirokazu Matsuno, referindo-se às suspeitas de que é alvo.

O ministro da Economia, Comércio e Indústria, Yasutoshi Nishimura, o ministro da Administração Interna, Junji Suzuki, e o ministro da Agricultura, Ichiro Miyashita, também apresentaram a demissão, juntamente com cinco vice-ministros e outros funcionários, anunciou Matsuno.

"A desconfiança do público está centrada nos fundos políticos, o que leva à desconfiança em relação ao governo. Como está ocorrendo uma investigação, achei que devia esclarecer as coisas", justificou Yasutoshi Nishimura aos jornalistas.

De acordo com a imprensa, os procuradores japoneses investigam suspeitas de fraude contra dezenas de membros do Partido Liberal Democrata (LDP, direita conservadora), que governa o país quase ininterruptamente desde 1955.

Os meios de comunicação social japoneses têm apontado que esses membros são suspeitos de não terem declarado o equivalente a vários milhões de euros recolhidos através da venda de bilhetes para eventos de angariação de fundos, que o LDP lhes terá pago.

Os investigadores estão sobretudo interessados nos membros da maior fação interna do partido, liderada pelo antigo primeiro-ministro Shinzo Abe, assassinado no ano passado.

Eles teriam recebido cerca de 500 milhões de ienes (3,2 milhões de euros) durante um período de cinco anos, até 2022.

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