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Internacional

Israel intensifica bombardeios em Gaza no 1º aniversário da guerra

Tanques israelenses atacaram o campo de refugiados de Jabalia
Nidal al-Mughrabi e Hussam al-Masri - Repórteres da Reuters
07/10/2024 - 13:03
Cairo/Gaza
Locais destruídos em Khan Younis, sul de Gaza
 7/10/2024   REUTERS/Mohammed Salem
© REUTERS/Mohammed Salem/Proibida reprodução
Reuters

Israel intensificou sua ofensiva aérea e terrestre em Gaza com mais ataques a militantes e postos de comando do Hamas nesta segunda-feira (7), quando ambos os lados marcaram o primeiro aniversário de uma guerra que destruiu grande parte do território e abalou a vida de seu povo.

Por sua vez, o Hamas disse que atingiu a capital comercial de Israel, Tel Aviv, com uma salva de mísseis, fazendo disparar sirenes no centro de Israel. Duas pessoas ficaram levemente feridas, de acordo com o serviço de ambulância israelense.

O lançamento de foguete sinalizou a capacidade duradoura do Hamas de contra-atacar, apesar da prolongada campanha militar israelense que degradou seriamente sua capacidade de combate, um ano após a incursão transfronteiriça do Hamas em Israel, que deu início à guerra.

O aliado menor do Hamas, a Jihad Islâmica, afirmou que atingiu Sderot, Nir Am e outras cidades israelenses próximas a Gaza com foguetes. As Forças Armadas israelenses disseram que interceptaram cinco foguetes disparados de Gaza.

Os militantes liderados pelo Hamas invadiram cidades israelenses e kibutz próximos à fronteira em 7 de outubro de 2023, matando 1.200 pessoas e fazendo cerca de 250 reféns, de acordo com os registros israelenses.

A subsequente campanha militar de Israel em Gaza matou quase 42 mil palestinos, segundo o Ministério da Saúde do enclave costeiro, deslocou quase toda a população de 2,3 milhões de pessoas e causou uma crise de fome e de saúde.

Israel afirma que os militantes lutam com cobertura de áreas residenciais construídas no território densamente povoado, incluindo escolas e hospitais. O Hamas nega.

Na segunda-feira, tanques israelenses avançaram para Jabalia, o maior dos oito campos de refugiados urbanos históricos da Faixa de Gaza, depois de cercá-lo, segundo os moradores. Logo após o lançamento de foguete, os militares israelenses expandiram as ordens de retirada em Jabalia para cobrir áreas nas cidades de Beit Hanoun e Beit Lahiya, ao norte.

Moradores disseram que as forças israelenses bombardearam Jabalia do ar e do solo, e os médicos disseram que vários palestinos foram mortos, e as equipes de resgate não conseguiram chegar a algumas das vítimas.

Mais tarde na segunda-feira, médicos palestinos disseram que um ataque aéreo israelense matou cinco palestinos a oeste de Jabalia.

Os militares israelenses disseram que mataram dezenas de militantes e desmantelaram a infraestrutura militar em Jabalia, afirmando que a operação continuaria para evitar que o Hamas se reagrupasse.

Na cidade central de Deir Al-Balah, onde 1 milhão de pessoas deslocadas estão abrigadas, um ataque aéreo israelense atingiu barracas dentro do Hospital Al-Aqsa, ferindo 11 pessoas, segundo médicos palestinos. Os militares israelenses disseram que o ataque atingiu militantes do Hamas que operavam em um centro de comando instalado dentro do hospital.