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Internacional

Macron faz apelo por fim de exportação de armas usadas no Líbano

Para o presidente francês, esta é forma de por fim ao conflito
Jean-Stephane Brosse e Benoit Van Overstraeten - Repórteres da Reuters*
Publicado em 12/10/2024 - 13:25
Paphos (Chipre)
Brasília (DF) 28/03/2024 - O presidente da França, Emmanuel Macron, é recebido pelo presidente Luiz Inácio lula da Silva, em cerimônia oficial no Palácio do Planalto. 
Foto: Fabio Rodrigues- Pozzebom/Agência Brasil
© Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil/Arquivo
Reuters

O presidente da França, Emmanuel Macron, reiterou nesta sexta-feira (11) seu apelo para o fim da exportação de armas usadas na Faixa de Gaza e no Líbano, acrescentando que se trata do único meio disponível para pôr fim aos dois conflitos que colocam Israel contra o Hamas e o Hezbollah, ambos apoiados pelo Irã.

“Este não é de forma alguma um pedido para desarmar Israel, mas um pedido para o fim de qualquer desestabilização nessa região do mundo”, afirmou Macron em coletiva de imprensa no Chipre, ao fim de encontro do Med9, que congrega países do Mar Mediterrâneo.

O conflito entre Israel e o Hezbollah começou há um ano, quando o grupo passou a lançar foguetes contra o norte israelense em apoio aos militantes palestinos do Hamas, no começo da guerra da Faixa de Gaza, após a operação do grupo que matou 1,2 mil pessoas no sul de Israel em questão de horas.

Nas últimas semanas, o conflito se intensificou, com Israel bombardeando o sul do Líbano, os subúrbios sul de Beirute e o Vale do Bekaa, matando muitos líderes do Hezbollah e enviando tropas terrestres a regiões do sul libanês. O Hezbollah tem lançado foguetes cada vez mais longe contra o interior israelense.

“Reiteramos a necessidade de um cessar-fogo, e esse cessar-fogo é essencial tanto na Faixa de Gaza quanto no Líbano. É necessário agora, tanto para nossos reféns quanto para a população civil, que são vítimas da violência, e para evitar uma contaminação regional”, afirmou Macron.

“É por isso que a França tem pedido o fim das exportações de armas usadas nesses teatros da guerra. Todos sabemos que essa é a única forma de colocar um ponto final nisso”, concluiu.

No sábado passado, o presidente francês já tinha pedido que os fretes de armamentos usados no conflito da Faixa de Gaza deveriam ser interrompidos, em um esforço maior em busca de uma solução política. O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, afirmou no dia seguinte que colocar restrições contra Israel serviria aos interesses do Irã e seus aliados.

A França não é uma grande fornecedora de armas para Israel, tendo enviado equipamentos militares no valor de apenas 30 milhões de euros no ano passado, segundo relatório anual do Ministério da Defesa.

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