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Internacional

Rede elétrica de Cuba sofre novo apagão

Há dúvidas sobre possibilidade de solução rápida
Dave Sherwood - Repórter da Reuters
Publicado em 21/10/2024 - 10:23
Havana
Mulher trabalha em restaurante durante apagão em Havana, Cuba
17/10/2024
Reuters/Norlys Perez/Proibido reprodução
© Reuters/Norlys Perez/Proibido reprodução
Reuters

A rede elétrica de Cuba entrou em colapso novamente nesse domingo (20), a quarta falha desse tipo em 48 horas. O problema levanta novas dúvidas sobre uma solução rápida em uma ilha que já está sofrendo com a grave escassez de alimentos, combustível e medicamentos.

O apagão, após semanas de interrupções contínuas, provocou alguns pequenos protestos na ilha caribenha, onde uma tempestade tropical ameaçou dificultar os esforços para restaurar a energia.

A rede elétrica nacional de Cuba entrou em colapso pela primeira vez por volta do meio-dia de sexta-feira (18), depois que a maior usina de energia da ilha foi desligada, semeando o caos e deixando cerca de 10 milhões de pessoas no escuro. A rede caiu três vezes desde então, ressaltando o estado precário da infraestrutura do país.

As repetidas falhas representam grande revés nos esforços do governo para restaurar rapidamente a energia para os moradores exaustos, a maioria dos quais já sofreu com meses de apagões durante o verão abafado do Caribe.

O presidente cubano, Miguel Díaz-Canel, apareceu ontem à noite na televisão nacional, vestido com trajes militares, incentivando os cubanos a apresentarem suas queixas sobre a situação com disciplina e civilidade.

"Não vamos aceitar nem permitir que ninguém aja com vandalismo e muito menos que altere a tranquilidade de nosso povo", disse Díaz-Canel, que raramente é visto de uniforme.

A capital Havana estava totalmente apagada na noite desse domingo, com apenas alguns estabelecimentos, bares e residências funcionando com pequenos geradores movidos a combustível. A maior parte da cidade, de 2 milhões de habitantes estava tranquila, embora jornalistas da Reuters tenham testemunhado vários "panelaços".

Uma forte presença policial era visível em pontos da cidade.

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