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Internacional

Presidente alemão dissolve Parlamento para eleições antecipadas

Serão em 23 de fevereiro, após colapso da coalizão de Olaf Scholz
Friederike Heine e Miranda Murray - Repórteres da Reuters
Publicado em 27/12/2024 - 09:29
Berlim
Presidente alemão, Frank-Walter Steinmeier
© REUTERS/Ints Kalnins/Direitos Reservados
Reuters

O presidente Frank-Walter Steinmeier dissolveu nesta sexta-feira (27) a câmara baixa do Parlamento da Alemanha, abrindo caminho para eleições antecipadas em 23 de fevereiro, após o colapso da coalizão tripartite do chanceler Olaf Scholz.

"Especialmente em tempos difíceis como agora, a estabilidade exige um governo capaz de agir e maiorias confiáveis no Parlamento", razão pela qual as eleições antecipadas são o caminho certo para a Alemanha, disse Steinmeier em Berlim.

Após as eleições, a solução de problemas deve voltar a ser a atividade principal da política, acrescentou em um discurso.

O presidente, cujo cargo tem sido amplamente cerimonial na era pós-guerra, também pediu que a campanha eleitoral seja conduzida de forma justa e transparente.

"A influência externa é um perigo para a democracia, seja ela encoberta, como foi o caso recente nas eleições romenas, ou aberta e flagrante, como está sendo praticada atualmente de forma particularmente intensa na plataforma X", afirmou.

Scholz, social-democrata que chefiará um governo interino até que novo governo possa ser formado, perdeu votação de confiança no Parlamento neste mês, depois que a saída dos Democratas Livres, do ministro das Finanças, Christian Lindner, deixou a coalizão de governo sem maioria legislativa.

A votação também deu início à campanha eleitoral, com o conservador Friedrich Merz, que as pesquisas sugerem que provavelmente substituirá Scholz, afirmando que o governo atual impôs regulamentações excessivas e sufocou o crescimento.

Os conservadores mantêm vantagem confortável de mais de 10 pontos sobre os social-democratas (SPD) na maioria das pesquisas. A Alternativa para a Alemanha (AfD), de extrema-direita, está ligeiramente à frente do SPD, enquanto os Verdes, um parceiro de coalizão, estão em quarto lugar.

Os principais partidos se recusam a governar com o AfD, mas sua presença complica a aritmética parlamentar, tornando mais provável a formação de coalizões instáveis.

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