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Justiça

STJ mantém afastamento de Witzel do governo do Rio

Por 14 votos a 1, ministros entenderam haver indícios para afastá-lo
André Richter – Repórter da Agência Brasil
Publicado em 02/09/2020 - 18:35
 - Atualizado em 02/09/2020 - 20:05
Brasília
 Pronunciamento do governador Wilson Witzel e secretários de Estado, no Palácio Guanabara, sobre a morte da menina Ágatha Félix, durante ação da Polícia Militar no complexo de favelas do Alemão.
© Fernando Frazão/Agência Brasil

A maioria dos ministros do Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu hoje (2) manter a decisão que afastou governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel, do cargo. O caso foi julgado pela Corte Especial, colegiado do STJ responsável pelo julgamento de processos envolvendo autoridades com foro por prerrogativa de função. Por 14 votos a 1, os ministros entenderam que a investigação feita até o momento demonstra que há indícios suficientes para justificar o afastamento de Witzel.

Na sexta-feira (28), o governador foi afastado do cargo por 180 dias em uma decisão do ministro Benedito Gonçalves, do STJ. O afastamento foi determinado no âmbito da Operação Tris in Idem, um desdobramento da Operação Placebo, que investiga atos de corrupção em contratos públicos do governo do Rio de Janeiro.

A investigação aponta que a organização criminosa instalada no governo estadual a partir da eleição de Witzel se divide em três grupos que, sob a liderança de empresários, pagavam vantagens indevidas a agentes públicos. Os grupos teriam loteado as principais secretarias para beneficiar determinadas empresas.

Ouça na Radioagência Nacional:


Defesa

Em postagem na rede social Twitter, Witzel declarou que respeita a decisão do STJ e reafirmou nunca ter cometido atos ilícitos. “Não recebi qualquer valor desviado dos cofres públicos, o que foi comprovado na busca e apreensão. Continuarei trabalhando na minha defesa para demonstrar a verdade e tenho plena confiança em um julgamento justo”, escreveu.

Na semana passada, o governador afastado negou o envolvimento em atos de corrupção e afirmou que a remoção dele do cargo não se justifica.

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*Matéria atualizada às 20h05 para acrescentar postagem de Witzel em rede social.