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Justiça

Operação que mirou venda ilegal de armas no RJ termina com três presos

Grupo criminoso praticava fraudes em processos de posse e compra
Leo Rodrigues - Repórter da Agência Brasil
Publicado em 10/02/2022 - 19:42
Rio de Janeiro
O governador Wilson Witzel entrega às Polícias Militar e Civil, ao Corpo de Bombeiros e à Secretaria de Estado de Administração Penitenciária pistolas Glock de calibre .40, adquiridas com recursos federais durante o período da Intervenção no estado
© Fernando Frazão/Agência Brasil

A Operação Confessio, deflagrada na manhã de hoje (10) pela Polícia Federal (PF), terminou com três presos em flagrante. O objetivo era desarticular um grupo criminoso envolvido em fraude documental para burlar a fiscalização e o controle na aquisição, posse, porte e comercialização de armas de fogo e munições. O esquema estaria sendo aplicado em diferentes municípios do Rio de Janeiro.

Além das prisões, a PF cumpriu 27 mandados de busca e apreensão expedidos pela 3ª Vara Federal da Subseção Judiciária de São João de Meriti (RJ). Foram mobilizados cerca de 130 policiais federais que atuaram nas variadas cidades, contando ainda com apoio de militares do Exército brasileiro. Nove armas de fogo, milhares de munições e documentos ligados ao esquema foram apreendidos.

De acordo com a PF, a investigação começou depois de denúncia sobre a existência de sistemática falsificação e uso de Certificados de Registro de Arma de Fogo (CRAF) por pessoas que queriam ludibriar a fiscalização e portar livremente armas de fogo. Também eram falsificados certificados de registro (CR), guias de tráfego e requerimentos para aquisição de arma de fogo e acessório.

Compradores que se utilizaram do esquema não se submeteram à avaliação psicológica e teste de capacidade técnica. Diversos crimes foram apontados envolendo despachantes, adquirentes, CACs (caçadores, atiradores e colecionadores) e comerciantes que vendiam ilegalmente as armas de fogo. Eles entregavam os produtos sem a guia de tráfego legítima e sem efetuar a conferência de autenticidade dos documentos.

Os investigados deverão responder por falsificação de documento público federal, uso de documento falso, comércio ilegal de arma de fogo e porte ilegal de arma de fogo de uso restrito. As penas máximas para esses crimes variam entre 4 e 12 anos de prisão.