Seletiva brasileira para Olimpíada Internacional de Astronomia começa amanhã

Cerca de 200 alunos de ensino médio de escolas públicas e particulares vão participar, de amanhã (13) até a próxima quarta-feira (16), da seletiva para a Olimpíada Internacional de Astronomia e Astrofísica, marcada para dezembro deste ano, na Índia. Os estudantes, de vários estados, serão submetidos a provas teóricas e práticas de astronomia em um hotel na região sul fluminense.
Dos 200 participantes, 15 serão selecionados. Os cinco mais bem classificados nas provas integrarão a equipe brasileira que viajará à Índia, para o mundial. Mais cinco estudantes integrarão a equipe que participará de outra competição: a Olimpíada Latino-Americana de Astronomia e Aeronáutica, que será realizada na Argentina em data a ser definida.
Mais cinco estudantes ficarão na reserva, caso haja necessidade de substituir um dos dez estudantes selecionados para as duas equipes titulares.

Os alunos selecionados precisam preciso saber apontar corpos celestes em planetários e ao ar livre
Segundo o coordenador nacional da Olimpíada Brasileira de Astronomia, João Batista Canalle, as provas exigem dos alunos conhecimentos de física e matemática, em nível de ensino médio. Além disso, é preciso saber nomear e apontar corpos celestes, em planetários (espaços que simulam o céu) e ao ar livre.
“Na prova de planetário, apontaremos para cerca de dez objetos, como estrelas, e perguntaremos: 'como é o nome dessa estrela? Qual é a constelação que estou delimitando aqui? Qual é a galáxia que está nessa direção?'. No céu real, a ideia é a mesma. No caso de um céu completamente nublado, eles vão ter que identificar constelações e estrelas a partir de mapas do céu”, conta.
Os 15 selecionados passarão um período de treinamento antes das competições, em que visitarão o Observatório Abrahão de Moraes, da Universidade de São Paulo (USP), e o Laboratório Nacional de Astrofísica, em Itajubá (MG).
Segundo Canalle, para participar dessas competições de astronomia e astrofísica, os estudantes acabam tendo que recorrer a livros, páginas da internet e softwares de astronomia, já que esse tipo de conhecimento não é muito oferecido nas escolas brasileiras.


